Após o fechamento inesperado do Hospital Unimed de Boa Vista, nessa quinta-feira (18), o Procon da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) solicitou informações à administração da cooperativa médica dos estados da Amazônia em Roraima.
Conforme o órgão, a medida visa esclarecer como a empresa pretende honrar os contratos em andamento, definir os canais de atendimento e indicar possíveis ressarcimentos aos clientes do plano. A Unimed tem um prazo de cinco dias úteis para responder o Procon.
“São questionamentos referentes ao plano de saúde que o consumidor com certeza vai nos procurar para saber, sobretudo de que forma a Unimed vai tratar esses beneficiários, a exemplo de pessoas que estavam com tratamentos em andamento, consultas e cirurgias agendadas. Toda essa situação precisa ser analisada para o consumidor não sair prejudicado”, disse o diretor do Procon Assembleia, Aldo Carvalho.
Com o fechamento da Unimed, pacientes foram transferidos para hospitais públicos de Boa Vista. Essa ação, segundo o diretor do Procon Assembleia, fere os direitos do consumidor. Além disso, funcionários foram demitidos em massa.
“O consumidor paga por um tratamento particular e a Unimed deveria transferir esses pacientes para outro estabelecimento privado. Quando um paciente vai para um hospital público, ele está em um ambiente diferente daquele pelo qual pagou, recebendo tratamento não particular. Portanto, em regra, isso não deveria acontecer”, informou Carvalho.
A professora Edinatriz Figueiredo, cliente da Unimed há anos, relatou a própria frustração ao descobrir o fechamento repentino do hospital. Ela tenta, há meses, autorizações para realização de cirurgia e tomografia para a filha.
“Pago há 24 anos um plano de saúde e quando minha filha precisou, não foi atendida. Agora que preciso comprovar que ela não teve esse atendimento, as portas estão fechadas. É muito frustrante para quem paga certinho e, quando precisa, não tem o atendimento”, lamentou a cliente do plano de saúde.
Caso a Unimed não responda ao pedido de informações dentro do prazo estipulado, o Procon da Assembleia pretende tentar contato novamente com a empresa. “O consumidor tem o direito básico à informação. Ele foi pego de surpresa com esse encerramento das atividades e precisa saber como proceder”, concluiu.