Durante a missão, denominada “Xaraka II” (flecha, no dialeto Yanomami), agentes identificaram dois garimpos ilegais com 200 kg de cassiterita em sacos e aproximadamente uma tonelada do mineral em montes no terreno
O Governo Federal realizou mais uma operação na Terra Indígena Yanomami (TIY), desarticulando áreas de garimpo ilegal, neste sábado (20). Durante a missão, denominada “Xaraka II” (flecha, no dialeto Yanomami), agentes identificaram dois garimpos ilegais com 200 kg de cassiterita em sacos e aproximadamente uma tonelada do mineral em montes no terreno.
Após a ação, foram destruídos 10 motores, 3 geradores, 3 motobombas, uma esteira e uma motosserra, equipamentos utilizados pelos garimpeiros ilegais.
A operação fez parte da Operação Catrimani II, coordenada pelo Ministério da Defesa, e foi realizada na região de Waikás (RR), a 300 km da capital Boa Vista. A operação contou com a participação de agentes das Forças Armadas, da Força Nacional, militares do Destacamento de Operações Especiais da Marinha do Brasil (MB) e a colaboração da Casa de Governo. Para a execução da desintrusão, o comando operacional empregou uma aeronave H-36 Caracal.
A identificação dos pontos para as ações repressivas foi resultado de um trabalho conjunto entre as Forças Armadas e as agências de inteligência que compõem a Casa de Governo em Roraima.
De acordo com a Casa Civil, os resultados das operações de desintrusão provocam prejuízos efetivos para os garimpeiros ilegais. Estima-se, por exemplo, que a infraestrutura básica de acampamento na região esteja valendo ao menos R$ 30 mil. A cassiterita, minério de grande valor no mercado de extração e beneficiamento, possui o valor médio de R$ 56 o quilo, sendo apelidada de “ouro negro”.
Comando conjunto
A Operação Catrimani II é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo em Roraima. Esta operação, em cumprimento à Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024, visa agir de modo preventivo e repressivo contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami.