Nesta segunda-feira, 22, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência, do Idoso e Direito à Educação (PRODIE), instaurou procedimento para investigar a falta de acessibilidade no Aeroporto Internacional de Boa Vista Atlas Catanhede.
Segundo o MPRR, a motivação foi a retirada da ponte telescópica, conhecida como Finger, a ponte de embarque e desembarque de passageiros das aeronaves.
“Sem dúvida, a falta de inclusão e respeito que se deflagrou após a reforma do aeroporto é motivo de grande preocupação desta Promotoria de Justiça”, cita trecho do Despacho do MPRR.
O Ministério Público enviou um ofício à empresa Vinci Airports, gestora do aeroporto, para que preste esclarecimentos sobre a estrutura do local e atendimento às normas de acessibilidade.
A empresa tem prazo de dez dias para prestar as informações ao MPRR.
O que diz a Vinci Airports?
A FolhaBV procurou a Vinci Airports para esclarecer sobre a situação, confira abaixo o posicionamento da empresa.
A Concessionária dos Aeroportos da Amazônia informa que a acessibilidade é um compromisso da empresa em todos os aeroportos que opera e assegura que o projeto atual de duplicação do Aeroporto de Boa Vista segue as exigências previstas na legislação vigente sobre o tema.
A empresa esclarece que a remoção das pontes de embarque e desembarque foi uma medida necessária para garantir a segurança e a conformidade com as normas de acessibilidade, bem como para o cumprimento do compromisso de ampliação e modernização do aeroporto estabelecido no contrato de concessão assinado com a ANAC.
Além dos investimentos em uma pista de pouso e decolagem renovada que possibilita a continuidade e o crescimento do tráfego aéreo no estado, o projeto compreende a duplicação do terminal de passageiros, que não tinha capacidade para atender adequadamente a população.
As obras também contemplam iniciativas de acessibilidade que incluem a reconfiguração do estacionamento com vagas especiais, a instalação de pisos táteis e outras adaptações, e o uso de um equipamento que funciona como elevador auxiliando passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida no embarque e desembarque.
Todas as medidas visam proporcionar uma infraestrutura mais eficiente, segura e sustentável aos usuários do aeroporto. Sobre o procedimento noticiado pelo Ministério Público de Roraima, a Concessionária reforça que, em caso de notificação, atuará em total colaboração com os órgãos competentes, fornecendo as informações que se fizerem necessárias.