Cotidiano

Agentes de endemias fazem mutirão contra dengue no bairro dos Estados

o objetivo era criar um controle com relação ao mosquito no local, que apresentou o maior índice de infestação da cidade

Na manhã de ontem, 07, cerca de 120 agentes de endemias e supervisores fizeram um mutirão no bairro Dos Estados, com o objetivo de criar controle com relação ao mosquito no local, que apresentou o maior índice de infestação da cidade, de acordo com o último Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), feito em janeiro. Os profissionais se dividiram por quadras e ruas, trabalhando não somente na vistoria de imóveis e com orientações, mas também distribuindo panfletos e pregando cartazes nos pontos comerciais do bairro.
Para o coordenador de Vigilância e Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, Rogério Lima, os casos enfatizam a importância do trabalho dos agentes em cada município. “As pessoas que tentam prevenir geralmente só dão atenção aos grandes focos – caixas d’água, garrafas destampadas -, mas esquecem que até um vaso sanitário com a tampa levantada por muitos dias enquanto o morador está fora, pode se tornar o lar do mosquito”, alertou.
O coordenador ainda atentou para geladeiras frost-free, que possuem reservatórios que acumulam água por dias suficientes para um mosquito botar os ovos e a proliferação ocorrer. Quanto ao alto índice de infestação no bairro Dos Estados, considerado um dos privilegiados da cidade por ser próximo ao centro da capital, Rogério acredita se dê principalmente por conta da despreocupação da população.  “Fomos por lá um tempo desses e o bairro estava tranquilo. Aí os moradores relaxaram e deu nisso. Todo bairro tem foco de mosquito e qualquer um pode se tornar alvo principal de proliferação. É muita bobagem acreditar que o Aedes aegypti só aparece em locais mais distantes do centro da cidade ou humildes”, esclareceu o coordenador, que ainda brincou dizendo que “o mosquito não tem preconceitos, qualquer lugar com água parada está bom para ele”.
A dona da residência, funcionária pública Neusa Silva, de 61 anos, disse não ter aberto antes por medo de ser algum mal intencionado. “Acho que, como eu, algumas pessoas não abrem suas portas porque têm medo de ser alguém disfarçado, mas acredito que a maioria não abra por má vontade, mesmo. Esse agente está identificado, fez questão de me mostrar a documentação que comprova seu trabalho, então não tenho com o que me preocupar. Acho é bom esse trabalho deles”, afirmou Neusa.
Nas ruas: Além do Bairro Dos Estados, equipes atuaram em frente à Assembleia Legislativa do Estado e na rotatória em frente ao Ibama. Distribuindo panfletos para os motoristas e pedestres que passavam e também segurando um cartaz cada vez que o sinal vermelho pintava o semáforo, não tinha como quem passasse por ali esquecer da importância de se prevenir contra a dengue e a Chikungunya.