PT reconhece reeleição de Maduro em meio ao silêncio de Lula

Declaração ocorre também em meio às cobranças da classe política e da população brasileira por um posicionamento firme do governo federal

O presidente brasileiro Lula com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente brasileiro Lula com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O PT divulgou, em seu site oficial, nota em que reconhece a reeleição do ditador venezuelano Nicolás Maduro para o mandato de janeiro de 2025 a janeiro de 2031. A declaração ocorre em meio ao silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o pleito e às cobranças da classe política e da própria população nas redes sociais por um posicionamento firme do governo federal.

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No texto, o partido “saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral” de domingo (28) “em uma jornada pacífica, democrática e soberana”. Para a sigla, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) “dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”.

Ainda conforme a nota, o PT defende que Maduro “continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais” e se diz “vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa”.

Em Roraima, o PT estadual ainda não se manifestou.

O último posicionamento oficial do Governo Lula foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores. Na nota, o Itamaraty saudou “o caráter pacífico da jornada eleitoral” venezuelana e que acompanhava “com atenção” a apuração.

O ministério defendeu a “verificação imparcial dos resultados” e que o Conselho Nacional Eleitoral publique dados desagregados por mesa de votação, “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.