A população do Estado tem se acostumando com as quedas frequentes de energia, normalmente, esperando o tempo passar até que o serviço retorne. Porém, agora tão próximo das eleições, ainda surge a dúvida do que pode acontecer caso falte luz na hora da votação. Para esclarecer o eleitorado, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) garante que as urnas eletrônicas vão continuar funcionando, mesmo em caso de blecaute.
Segundo a Justiça Eleitoral, a urna eletrônica é semelhante a um microcomputador, que é conectado por cabos na tomada de energia elétrica. Porém, o equipamento não conta somente com essa fonte de alimentação.
Além dos cabos, a urna contém uma bateria interna com duração de até 13h, que é acionada quando há falta de energia no local da votação. No caso de blecaute por tempo indeterminado, até que a duração da bateria interna acabe, o equipamento possui uma terceira opção: uma bateria externa com duração também de aproximadamente 13 horas.
“As quedas de energia não atrapalham o andamento da eleição, pois cada urna possui uma bateria interna que dura em torno de seis a oito horas. Além disso, a Justiça Eleitoral dispõe de 1.023 baterias externas com duração de seis a oito horas. No interior, todas as urnas serão acompanhadas de bateria externa”, frisou a Justiça Eleitoral.
Outra preparação do TRE-RR foi disponibilizar um número maior de equipamentos, em caso de mau funcionamento de alguma urna. “Em Roraima, existem 1.172 seções eleitorais. Foram disponibilizadas 1.390 urnas eletrônicas, sendo 218 de contingência, ou seja, mais de 200 equipamentos de reserva caso algo não ocorra como prometido”, explicou o órgão.
ELETROBRAS – A Folha entrou em contato com a Eletrobras Distribuição Roraima para saber como está o funcionamento das termelétricas considerando que na tarde de ontem, 2, foi registrada uma queda de energia. Porém, a Gerência de Comunicação informou que não poderia se pronunciar sobre o assunto, pois o presidente não estava na empresa.
ENTENDA O FUNCIONAMENTO DA URNA ELETRÔNICA E O TERMINAL DO MESÁRIO
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a urna eletrônica é um microcomputador de uso específico para eleições, que conta com uma memória para gravar os votos; uma impressora para emitir um ‘boletim’ com a contagem dos votos; cabos de alimentação na energia elétrica, duas baterias (uma interna e outra externa), outra memória extra, uma entrada USB e uma saída de áudio para portadores de deficiência.
A urna consiste ainda em dois terminais: um do mesário e um do eleitor. O terminal do eleitor é o mais conhecido e como a maioria das pessoas lembram-se da urna. O equipamento possui teclado numérico usado para registrar o voto e uma tela onde aparecem as mensagens que orientam a população da maneira correta para registrar o voto.
O terminal do mesário é onde o eleitor é identificado e autorizado a votar. Ele possui um teclado numérico onde é digitado o número do título de eleitor e uma tela, onde aparece o nome do eleitor, se ele pertence àquela seção eleitoral e se está apto a votar. Nas seções onde há identificação biométrica, a identidade também é verificada através da impressão digital.
O equipamento do mesário também informa através de sinais visuais se a urna eletrônica está disponível para o eleitor, se o eleitor já completou o voto e se a urna eletrônica está funcionando ligada à corrente elétrica ou à bateria interna. (P.C.)