O pedreiro venezuelano Raul Eduardo Benko Maican, de 25 anos, morreu no Hospital Geral de Roraima (HGR), na madrugada de segunda-feira, dia 1o, depois de passar oito dias internado, por conta de um atentado no qual foi violentado com pauladas e pedradas, resultando em uma série de traumas.
O pai da vítima informou que ele foi violentado em uma confusão com brasileiros que aconteceu na madrugada do dia 23 de setembro, em um bar localizado no bairro Cidade Satélite, zona oeste. Um amigo, também de nacionalidade venezuelana, estava junto com a vítima e ficou gravemente ferido. Ambos foram levados para o Pronto Socorro Francisco Elesbão. A motivação de terem sido atacados pelo grupo de brasileiros não foi esclarecida.
Os dois imigrantes foram encontrados no chão, desacordados, quando a Polícia chegou ao local. Conforme as informações obtidas no Instituto de Medicina Legal (IML), a morte foi causada por traumatismo cranioencefálico, pneumotórax (presença de ar entre as membranas que envolvem os pulmões) e insuficiência renal.
Segundo parecer médico encaminhado junto com o corpo ao IML, o jovem deu entrada no Grande Trauma, dia 23, vítima de agressão física, com traumatismo cranioencefálico grave, trauma na face e trauma torácico. Ele estava sendo tratado com altas doses de drogas para continuar vivo, mas não resistiu ao tratamento de hemodiálise, uma vez que estava debilitado, e morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória, além de apresentar um quadro de infecção generalizada.
A família de Raul Eduardo compareceu à sede do IML, mas depois de organizar toda a documentação, não quis liberar o corpo para ser sepultado no Brasil. Eles pretendem fazer o translado até a cidade de Maturin, estado de Monagas, região Central da Venezuela, onde está o restante da família. Sem condições financeiras para arcar com as despesas do serviço funerário, os parentes pediram um prazo de 20 dias para arrecadar o valor necessário.
O amigo de Raul Eduardo continua internado no Hospital. Ele tem 26 anos e ainda não foi ouvido pela Polícia. Até o momento nenhum dos suspeitos de ter praticado o crime foi preso. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. (J.B)