Servidores anunciam paralisação de atividades

Em razão do atraso de pagamento de salários, servidores do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima) anunciaram que vão paralisar as atividades a partir desta quinta-feira, 4. A decisão foi acertada em comum acordo com a direção do órgão, durante reunião realizada na manhã desta terça-feira, 3, que contou com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima).

“Os servidores levaram essa situação dos atrasos de salários até o sindicato, que se mobilizou para a realização de uma paralisação. No dia seguinte, nós tivemos uma conversa com a presidência do órgão, que nos propôs a suspensão do ato. Em troca, o Governo se empenharia em desbloquear as contas para efetuar o pagamento até a data de hoje. Infelizmente esse acordo não foi respeitado em razão da situação das contas que foram bloqueadas pelos poderes [Legislativo e Judiciário], algo que é constitucional e de direito deles, só que nessa entre essa briga existe o servidor, o trabalhador e o pai de família, que não pode ser penalizado por isso”, disse o presidente interino do Sintraima, Antônio Leal.

Conforme o sindicalista, além de estabelecer um diálogo com a direção do Iteraima, o acordo também tem como finalidade buscar um entendimento que seja benéfico para o Legislativo e Judiciário Roraimense, que cobra do Estado repasse referente ao duodécimo dos poderes.

“O vice-presidente [do Iteraima] convocou o sindicato, e junto ao presidente estamos buscando ver se conseguimos uma reunião com as presidências do Tribunal de Justiça (TJ) e com a Assembleia Legislativa (ALE) para que seja possível encontrar uma solução para esse problema e que seja pago esses dois meses de salários em atraso dos servidores”      

Ao todo, segundo Leal, o atraso afeta a vida de mais de 200 funcionários do órgão, entre efetivos e comissionados. A FolhaWeb procurou conversar com o vice-presidente do Iteraima, Alysson Macedo, para saber mais detalhes deste acordo, mas foi informada de que o órgão vai se manifestar somente por meio da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Governo.

A reportagem procurou a Secom e aguarda resposta. A matéria completa você confere na Folha Impressa desta quinta-feira, 4.