Com a proximidade do final de ano, a população começa a se preparar para as viagens de férias e para visitar os parentes. Uma das alternativas para quem mora em Roraima e tem poucas ofertas é comprar passagens áreas por milhas, no entanto, o consumidor deve se manter atento para não cair em golpes e desconfiar de descontos de mais de 50%.
De acordo com o Procon Roraima, o Estado tem um alto índice de reclamações sobre prejuízos causados pela falsa venda de milhagens, em especial, neste período, o que reforça a necessidade de pesquisar a legalidade das empresas antes de efetuar as compras.
“Acontece muito com empresa on-line ou na compra de milhas pelos classificados on-line. O mais comum é a venda por pessoas que acumularam milhas, não por empresas. Então, deve ter um cuidado maior”, alertou Juciane Pollmeier, diretora de atendimento de conciliação do Procon Estadual.
Um ponto que pode ser buscado pela população é levantar se a empresa tem CNPJ registrado. No caso de empresa física, verificar se os contatos são mesmo do estabelecimento, se tem telefone físico e averiguar o funcionamento regular, ou seja, ver se o local não permanece a maior parte do tempo fechado.
“O desconto não é muito alto para a região de Roraima, exceto em ocasiões muito raras de promoção. Quando o consumidor for comprar uma passagem e observar que o valor está muito inferior do que é ofertado no mercado geral e no site das companhias aéreas, também deve redobrar a atenção”, completou Juciane.
APÓS A COMPRA – Para evitar problemas é importante que o consumidor se dirija até as cabines das companhias no aeroporto para verificar se de fato aquela passagem foi comprada ou se foi feita só a reserva. “A gente teve algumas reclamações aqui de consumidores que compraram a passagem e na hora de embarcar, a passagem de fato não foi emitida”, lembrou Juciane.
Caso o consumidor tenha comprado a passagem e checou que a venda não foi efetuada junto com a companhia, a orientação é que busque primeiro a empresa e questionar o motivo da irregularidade. A recomendação se dá por conta da possibilidade de falhas técnicas ou problemas no sistema que podem causar o impasse.
“Se for verificada a irregularidade e a empresa não comprar imediatamente a passagem, o consumidor pode então vir até o Procon para que o órgão tome as medidas cabíveis”, acrescenta a diretora de atendimento.
No caso de empresa fraudulenta, por exemplo, de uma empresa falsa que só existia nas redes sociais, as informações são encaminhadas para a Delegacia do Consumidor. Recentemente, o Estado inclusive foi alvo de um golpe com sete pessoas sendo indiciadas por esquema de fraudar a venda de passagens aéreas.
O horário de funcionamento do Procon é de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 13h30, no prédio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), na avenida Getúlio Vargas. A população também pode entrar em contato pelo telefone que também é WhatsApp no contato (95) 98401-2426. (P.C.)