Mais de um ano depois de uma reunião da qual participaram seis deputados estaduais, absolutamente nada mudou em relação ao que foi reivindicado à época pelos moradores da Serra do Tepequém, ponto turístico localizado ao Norte de Roraima, no Município de Amajari, quando os parlamentares em coro se comprometeram a resolver as questões.
Inclusive, dois meses depois que o encontro ocorreu, esta Coluna fez uma cobrança a respeito da inércia sobre o que foi cobrado, por meio do artigo publicado no dia 25.05.23, “Uma reunião bonitinha com parlamentares, mas sem nenhum resultado até hoje”. O tempo passou e tudo continuou absolutamente o mesmo de quando os presentes fizeram as cobranças, incluindo moradores de Bom Jesus, Trairão, Ametista e sede do Amajari, a Vila Brasil.
No evento estavam os deputados Marcinho Belota, Neto Loureiro, Armando Neto, Rarison Barbosa, Renato Silva e Jorge Everton, os quais ouviram a respeito de vários temas, entre eles a obra de recuperação da RR-203, a principal do Amajari, que segue com os mesmos sérios problemas. Outras questões reivindicadas, as quais os políticos se comprometeram, foram Segurança Pública, questão fundiária e meio ambiente.
Na questão fundiária, tudo segue como no passado, sem a titulação das propriedades, o que favorece a ocupação desordenada. O meio ambiente foi outra pauta, uma vez que os moradores continuam proibidos de retirar areia, barro e pedra para as suas construções, mesmo que esses materiais sejam retirados de rejeitos do antigo garimpo de diamante, onde já existe pelo menos um local consolidado para este fim, mas nunca regularizado.
A proibição já existia naquela época e foi reforçada no mês passado, quando uma equipe da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) da Polícia Militar de Roraima, ao ir até a Vila Tepequém para uma palestra educativa, decidiu novamente notificar o impedimento para retirada de material para obras, sem conhecer os detalhes e peculiaridades que envolvem a questão, selando definitivamente o impedimento que penaliza todos.
A consequência disso é que não apenas os moradores estão impedidos de construir e reformar, mas também as empresas que estão construindo o complexo turístico de Tepequém, realizada pelo Governo do Estado; e outra sob responsabilidade da Prefeitura de Amajari, que está realizando a instalação de uma ciclovia, onde haverá academia aberta, iluminação, jardim e bancos de praça ao longo de toda estrutura, o que contribuirá a dar um salto significativo ao turismo da região.
Se a questão do licenciamento ambiental não for resolvida o mais breve possível, todas as obras terão que ser paralisadas, além das que já estão sob alegação do inverno, representando um grave prejuízo às empresas envolvidas e aos cofres públicos, uma vez que certamente terá que pagar aditivos para prosseguimento futuro dessas obras, já que os custos sofrem constantes reajustes, os quais terão que ser compensados pelo governo e prefeitura.
Se as promessas dos parlamentares tivessem sido cumpridas, pois alguns dos deputados presentes ao encontro integram comissões que podem agir imediatamente, como a de Obras, de Terras, de Segurança e do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, nada disso estaria ocorrendo, em flagrante prejuízos aos cofres públicos e impondo mais sofrimento à população do único ponto turístico realmente consolidado de Roraima, além dos transtornos provocados aos turistas que ajudam a gerar emprego e renda na região.
Ainda dá tempo de consertar tudo isso, o mais breve possível, antes que tudo isso gere consequências muito piores.
*Colunista