Novo teste brasileiro identifica seis vírus em uma única amostra de sangue

A amostra identificou seus doenças: dengue, zika, febre amarela, chikungunya, Mayaro e oropouche

O exame é realizado a partir de uma única amostra de sangue e permite a identificação precisa e a diferenciação dos múltiplos vírus responsáveis por essas arboviroses - Foto: Arquivo
O exame é realizado a partir de uma única amostra de sangue e permite a identificação precisa e a diferenciação dos múltiplos vírus responsáveis por essas arboviroses - Foto: Arquivo

Pesquisadores do Sabin Diagnóstico e Saúde, sediado no Distrito Federal, desenvolveram um avançado teste capaz de detectar simultaneamente os vírus responsáveis por seis doenças: dengue, zika, febre amarela, chikungunya, Mayaro e oropouche.

Este novo exame utiliza apenas uma amostra de sangue, proporcionando uma identificação precisa e diferenciada dos agentes causadores dessas arboviroses, que têm representado desafios significativos para sistemas de saúde no país e no mundo.

Essas doenças compartilham sintomas debilitantes como febre, dores articulares, dor de cabeça, náuseas e vômitos, o que torna crucial a capacidade de diagnóstico preciso desde o início. “Com apenas um pedido médico, agora é possível obter resultados abrangentes para todas essas enfermidades no mesmo laudo”, destacou Rafael Jácomo, diretor técnico do Grupo Sabin.

A técnica empregada, PCR em tempo real qualitativo, garante alta precisão e rapidez, com resultados disponíveis em até dois dias úteis no Distrito Federal e até quatro dias úteis nas demais regiões do país.

O lançamento deste Painel Molecular representa um marco para o Grupo Sabin, que celebrou 40 anos em maio, reafirmando seu compromisso com a inovação em saúde e excelência no atendimento ao paciente. Além de possibilitar um diagnóstico ágil, a tecnologia permite a identificação precoce do material genético viral, viabilizando intervenções terapêuticas rápidas e eficazes desde os estágios iniciais dos sintomas.

Inovação no combate às arboviroses

No contexto brasileiro, onde o número de casos de dengue alcançou 5.446.913 registros prováveis, conforme o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde em maio, iniciativas como essa ganham relevância estratégica. Especialistas têm destacado a urgência no enfrentamento das arboviroses, colocando-as como prioridade em discussões recentes como a Oficina Internacional sobre Arboviroses, realizada em colaboração com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).