Catarina e comissão interventora do União Brasil pedem impugnação de Nicoletti

Parlamentar alega irregularidades praticadas pela convenção municipal que aprovou o nome do deputado, como quatro votos inválidos

Catarina Guerra e Nicoletti em entrevistas na Folha FM (Foto: Arquivo FolhaBV)
Catarina Guerra e Nicoletti em entrevistas na Folha FM (Foto: Arquivo FolhaBV)

A deputada estadual Catarina Guerra, que encabeça uma das duas candidaturas do União Brasil à Prefeitura de Boa Vista, e a comissão municipal interventora da sigla, formalizaram pedidos para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) impedir a candidatura do deputado federal Nicoletti (União Brasil) ao mesmo cargo.

Em sua ação, a parlamentar solicita a impugnação do Drap (Demonstrativo de Regularidade dos Atos Partidários) do partido ao alegar irregularidades praticadas pela convenção municipal que aprovou, por 11 votos a seis, o nome de Nicoletti – e anulada pela direção nacional. Ela aponta que, dos 17 votos válidos, quatro concedidos ao deputado foram irregulares: três por pessoas já desligadas da sigla e um por filiado de domicílio eleitoral fora de Boa Vista.

No pedido, Catarina também aponta descumprimentos de regras da direção nacional por parte do diretório municipal até então presidido por Nicoletti, como: a resolução interna que exige que, em capitais, as candidaturas devem ter viabilidade mínima, condicionadas à aprovação da direção nacional da sigla; e a decisão nacional que reconheceu que Catarina Guerra cumpre esse requisito e se opôs ao nome do deputado.

“Como a Deputada Catarina Guerra obteve seis dos dezessetes votos em Convenção isso por si só já afastaria a eleição do Deputado Nicoletti, ante a ausência de atingimento do quórum de deliberação referido”, pontuou, na petição, que também pede a anulação da convenção, a citação de partidos coligados com o União Brasil e de Nicoletti, a notificação do Ministério Público Eleitoral (MPE), a anulação da convenção para prefeito e a produção de todos os meios de prova.

Já em seu pedido, a comissão interventora, além de endossar argumentos sobre o descumprimento de normas internas e reforçar a decisão que anulou a convenção municipal, alegou que os dirigentes que realizaram esse evento eram ligados diretamente a Nicoletti e votaram conforme a orientação do deputado. O grupo pede a citação do candidato para apresentar defesa e a produção de provas por todos os meios, além do indeferimento da candidatura do parlamentar.

Procurado sobre o assunto, Nicoletti ainda não respondeu.

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