A disputa pelo cargo de governador de Roraima continua e, aos poucos, os apoios políticos vão se desenhando. Com uma diferença de nove mil votos do primeiro para o segundo colocado, todo apoio está bastante disputado no período de campanha para o segundo turno.
Enquanto parte dos eleitos para os cargos de deputado federal e estadual se mantêm neutros e coligações inteiras dizem ‘não’ às duas candidaturas que estão na disputa, o presidente do Progressistas, deputado federal Hiran Gonçalves, afirmou que o partido definirá o seu apoio pensando nas melhorias para saúde como motivo primordial.
“Eu já conversei com as equipes dos candidatos e tenho uma visão de que precisamos ter um compromisso maior com a saúde porque a nossa saúde está muito mal, apesar de todo o empenho e de muitas conquistas. Eu acho que precisamos profissionalizar a saúde em uma gestão que precisa corrigir muitos rumos”, disse o deputado federal que é o presidente regional do partido.
O Partido Progressista tem dois deputados estaduais e um deputado federal eleitos, além de ser o único partido a ter uma governadora mulher. Atualmente o PP tem mais de quatro mil filiados no Estado. O presidente do partido abocanhou 4,91% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados, equivalente a 13.299 eleitores e foi o terceiro colocado para as oito vagas de deputado federal. Ou seja, se ele conseguir transferir seus eleitores para um candidato ao governo poderá interferir no curso das eleições.
Porém, o político afirmou que seu apoio também dependerá de uma conversa com outras figuras políticas que o apoiaram no primeiro turno. A aliança que seu partido fez contou com outros quatro partidos (PDT, PCdoB, PODEMOS e PHS). “Há um grupo muito grande de pessoas que nos apoiaram, de vereadores, alguns prefeitos e, com essas mudanças todas que ocorreram na política, muita gente veio se agregando a nós, em nossa campanha e são pessoas de muito valor. Nós queremos discutir com eles a respeito do posicionamento que temos que tomar, então estou com muita prudência conversando e avaliando”, afirmou Hiran Gonçalves.
O deputado salientou mais de uma vez a sua preocupação com a saúde e afirmou que pretende dialogar e fazer sugestões de governo para o candidato que escolher dar apoio neste segundo turno. “Eu tenho algumas sugestões para dar aos nossos eventuais governantes porque, apesar de eu trabalhar na infraestrutura e ter levado muitos recursos para outras áreas, a saúde é uma área muita nevrálgica, que as pessoas identificam muito comigo, então estou tentando construir e ainda não manifestei o apoio do partido”, ponderou.
Hiran Gonçalves falou ainda do receio de colocar todo o trabalho que precisa ser feito por água abaixo por conta de um apoio político do partido nesta reta final. “Estou avaliando com muito cuidado porque eu não posso dar um passo errado e comprometer um trabalho que a gente venha a fazer nos próximos quatro anos”, observou.
E ainda afirmou que mesmo dialogando com os dois grupos, a sua posição pode ser a de se manter neutro e esperar o resultado sem fazer nenhum tipo de interferência. “Estou conversando com todo mundo e vendo qual o melhor caminho que pode ser, inclusive, um caminho de ficar aguardando o resultado para tentar ajudar o Estado independente do candidato que ganhar”, concluiu. (F.A.)