O exame BERA, também conhecido como PEATE ou Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico, é um exame que avalia todo o sistema auditivo de forma objetiva e eficaz. De acordo com o fonoaudiólogo José Luiz Carvalho, ele é capaz de verificar a ausência ou presença de perda auditiva com mais precisão.
“O exame pode identificar se houve uma lesão na cóclea, no nervo auditivo ou no tronco encefálico, o que pode comprometer o desenvolvimento da fala, por exemplo. É um dos exames mais modernos que existe atualmente, ele avalia a audição a nível do sistema central, sendo mais completo, em um procedimento mais minucioso e uma abrangência maior para quem pode fazer esse exame, que vai desde ao recém-nascido até o idoso” explica.
Apesar de poder se realizado em adultos, o exame BERA é feito mais frequentemente em crianças e bebês, principalmente quando há algum risco de perda auditiva devido a condições genéticas ou quando há um resultado alterado no teste da orelhinha, que é um teste realizado logo após o nascimento e que avalia a capacidade auditiva do recém-nascido.
O exame BERA é feito mais frequentemente em crianças e bebês,
“Ele é realizado para avaliar o nervo e o tronco auditivo, e dentro das suas categorias, dependendo de cada diagnóstico, ele serve como ponto crucial, para definir qual é a anomalia que o paciente sofre, ou fazer o monitoramento das funções auditivas que o cérebro vai acabar recebendo” explica.
O exame dura entre 40 minutos e uma hora e é feito enquanto a pessoa dorme, pois é um exame muito sensível e, assim, qualquer movimento pode interferir no resultado do exame. Após ficar deitado, o paciente recebe eletrodos atrás da orelha e na testa, além de fone de ouvido que é responsável por produzir estímulos auditivos, porém sem dor ou incomodo.
“É preciso ficar parado, mas não totalmente imóvel. Os eletrodos irão captar a atividade bioelétrica auditiva, o equipamento envia o som de uma forma diferenciada no ouvido com o fone, o exame só registra aquilo que é estimulado ao paciente, então enquanto o paciente se movimenta muito, então pode gerar uma outra atividade bioelétrica. Então é mais indicado para que seja feito, enquanto a criança esteja mais sonolenta ou quieta, com um preparo e uma orientação para os pais.Esse exame o paciente não precisa fazer nada, não precisa responder como é na audiometria” diz.
Exame é capaz de verificar a ausência ou presença de perda auditiva com mais precisão