A terça-feira, dia 16, foi marcada por uma série de crimes com emprego de arma de fogo, dois deles com vítima fatal. Em um dos casos, o dono de uma distribuidora de bebidas, identificado como Jefferson Urizzi Cesconeto, 32 anos, foi morto com quatro tiros depois de ser surpreendido pelas costas pelo atirador. O fato aconteceu às 19h10, na rua Tertuliano Cardoso Ramos, bairro Senador Hélio Campos, zona oeste de Boa Vista. Até a noite de ontem, a Polícia ainda buscava o paradeiro da dupla que praticou o homicídio.
Um vídeo, ao qual a reportagem da Folha teve acesso com exclusividade, mostra toda a ação dos criminosos. Um elemento, trajando uma camisa de cor vermelha e calça, chega em uma motocicleta, juntamente com um comparsa, cruza com um indivíduo que está em uma bicicleta, se aproxima da distribuidora, empunha a arma e se aproxima da vítima que estava de costas enquanto usava o celular.
As imagens mostram que, quando o ciclista passa, Jefferson ainda observa, mas volta a olhar para o telefone. Na ocasião, ele está sentado em uma cadeira, apoiado em uma sinuca. O elemento ainda analisa se o homem está, de fato, numa situação vulnerável e se aproxima dando o primeiro tiro. Jefferson se assusta, tenta correr, leva um segundo tiro e cai.
Mesmo baleado, o homem tentou levantar, mas foi alvejado pela terceira vez. Já no chão, sem chances de reagir, o criminoso dá o quarto tiro e foge correndo, subindo na moto do comparsa. Enquanto a execução acontecia, o elemento que usava a bicicleta ficou ao lado do piloto da moto. Um casal que passava em frente ao local, testemunhou o crime. A mulher estava com um bebê no colo e correu, temendo ser vítima da violência.
A Polícia Militar foi acionada e informou que ao chegar à distribuidora de bebidas, a vítima já estava no chão, sem sinais vitais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local e confirmou a morte. Dos tiros três acertaram as costas da vítima e o quarto projétil atingiu a cabeça. No bolso da bermuda da vítima foram encontrados R$ 390,00 e uma pulseira prateada.
Equipes da Perícia Criminal e do Instituto de Medicina Legal (IML) também estiveram na cena do crime e realizaram todos os procedimentos técnicos antes do corpo ser removido à sede do IML. Um agente da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) foi até o local para dar início ao processo de investigação, a fim de que o autor dos disparos e o comparsa sejam identificados.
O corpo de Jefferson foi examinado na manhã de ontem, dia 17, pelo legista e ao fim da necropsia, os familiares fizeram a liberação para realizar o funeral e o sepultamento. (J.B)