Professoras de RR chegam à final de prêmio nacional sobre educação racial e de gênero

A próxima etapa será a divulgação e premiação das  16 práticas, que ocorrerá no dia 26 de setembro

Professoras se reúnem para produzir projeto sobre a TI Yanomami (Foto: Arquivo Pessoal)
Professoras se reúnem para produzir projeto sobre a TI Yanomami (Foto: Arquivo Pessoal)

As professoras Shirlei dos Santos e Hsteffany Pereira, que atuam na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e no ensino fundamental em Boa Vista, são finalistas no 9º Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero, que celebra projetos educacionais que debatem essas questões nas escolas do país. Os projetos Mulheres que fazem história mas não estão nos livros de história e A Terra de Macunaíma pede Socorro!, são dois dos 32 selecionados para a fase final.

A professora Shirlei dos Santos, que atua com a EJA na escola municipal Franscisco de Souza Bríglia, realizou o projeto A Terra de Macunaíma pede Socorro! com cerca de 35 alunos de duas turmas. Ela explica que a intenção do projeto é sensibilizar as pessoas para a necessidade de mudanças frente à questão do garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami, promovendo ações e campanhas educativas, que valorizem os povos indígenas e o resgate da identidade.

“Estou feliz por ser finalista, pois é o reconhecimento de um projeto idealizado não só por mim e sim por uma turma dedicada da EJA. Para hoje, só gratidão”, relata a professora.

Projeto foi realizado com duas turmas da Educação de Jovens e Adultos (Foto: Arquivo Pessoal)

O projeto foi em conjunto com as professoras Edilamar dos Santos Soares e Francimara Barbosa Gomes.

Já a professora Hsteffany Pereira, apresentou o projeto Mulheres que fazem história mas não estão nos livros de história, com cinco turmas do 7º ano do ensino fundamental, da Escola Estadual São José. Ela explica que o objetivo do projeto foi chamar a atenção para diversos pontos como: violência contra a mulher, aumentar o repertório de mais mulheres protagonistas de suas histórias e conhecer a história das mulheres das famílias das alunas e alunos.

“Saber que estamos entre os quatro colocados na categoria anos finais do ensino fundamental, é gratificante. Porque só quem está aqui na ponta, na sala de aula sabe os desafios que nós enfrentamos pela educação. E receber ter esse reconhecimento de todo um trabalho que a gente faz no chão da sala de aula”, reforça a professora, emocionada.

Professores do PIBD UFRR que participaram do projeto (Foto: Arquivo Pessoal)
As mães das alunas Karyna e Beatriz tiveram as histórias contadas no documentário da Alerr (Foto: Arquivo Pessoal)

O projeto Mulheres que fazem história mas não estão nos livros de história, teve parceria do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de história da Universidade Federal de Roraima (UFRR), que deu suporte para as turmas na produção de um e-book. O projeto também ganhou a produção de um documentário, produzido pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR).

Confira o e-book e o documentário abaixo

O e-book pode ser lido através do link abaixo.

https://drive.google.com/file/d/1vX_XimcNuVV25FbxVKv8kMaY7691CaI3/view

Confira o documentário produzido pela Alerr.

9º Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero

O Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero busca visibilizar e fortalecer a atuação de pessoas que trazem em sua prática cotidiana ações que contribuam com a construção da equidade racial e de gênero na Educação brasileira.

Após um processo que levou em conta aspectos metodológicos, de impacto social e pedagógicos, foram selecionadas 32 práticas finalistas. O Júri reuniu parcerias estratégicas do projeto e organizações da sociedade civil para discutir as práticas que foram desenvolvidas.

A próxima etapa será a divulgação e premiação das  16 práticas, que ocorrerá no dia 26 de setembro, durante o evento Diálogos Antirracistas: Educação, Democracia e Equidade, no Sesc Pinheiros. O evento é aberto ao público e as inscrições estão disponíveis no site dialogos.ceert.org.br