Funcionários e ex-funcionários da empresa Olimpo Comércio e Serviços LTDA, lavanderia hospitalar que prestava serviços ao Hospital Geral de Roraima (HGR), denunciaram à FolhaBV a suposta falta de atendimento de direitos trabalhistas. A companhia foi suspensa dos serviços junto ao HGR em maio de 2024, depois de operação da Polícia Federal (PF) para apurar suposto desvio de R$26 milhões na saúde de Roraima.
Dentre as reclamações apresentadas pelos denunciantes estão a falta de pagamentos há pelo menos dois meses, a demissão de cerca de 80% dos funcionários, a falta de compromissos com a folha de pagamento e com direitos rescisórios até o momento.
Os funcionários e ex-funcionários declararam que enfrentam dificuldades até para se alimentar por conta da falta de pagamento. “Pais e mães de família estão desesperados, pois tem como único meio de sustento para suas famílias o trabalho na lavanderia”, diz trecho da denúncia.
A Folha BV entrou em contato com a administração da empresa Olimpo, mas não obteve resposta até o momento. Sobre o caso, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que não possui débito junto à empresa, motivo pelo qual não deve ser incluída na questão.
“Esclarece, ainda, que a responsabilidade pelo pagamento de salários e demais direitos trabalhistas é de exclusividade da empresa. O contrato firmado com a Sesau previa apenas a prestação dos serviços, e não a mão de obra”, completou.
Relembre o caso
No dia 16 de maio de 2024, a Polícia Federal deflagrou a operação “Fullone” para investigar um esquema que teria desviado quase R$26 milhões de contratos da Sesau. Na época, o Governo de Roraima destacou que o processo de lavanderia foi oriundo de pregão eletrônico e seguiu todos os critérios legais.