Na edição da Folha de ontem, dia 18, foi noticiada a aflição das famílias de dois garimpeiros que buscam respostas do Estado diante da cobrança de que o resgate dos corpos seja feito, considerando que o crime teria ocorrido no último dia 11, quando foram mortos há tiros dentro do barraco onde estavam acampando.
Na quarta-feira, dia 17, a reportagem entrou em contato com o Governo, para tratar da denúncia feita pelos parentes das vítimas, mas a resposta só chegou na tarde de ontem, quando a Polícia Civil esclareceu, por meio de nota, que recebeu a informação do crime por meio de B.O (Boletim de Ocorrência), na tarde da terça-feira, dia 16. “A informação é que os corpos de dois garimpeiros, Zaqueu Gomes Batista e Carlisson Maçal do Nascimento, estão na região do garimpo Santa Rosa, localizado no município de Amajari”, destacou.
A Polícia complementou que o B.O relata que uma terceira pessoa foi morta durante o conflito entre garimpeiros e indígenas. A Polícia apurou que vítima era conhecida como “Sarney” e foi sepultada no local.
“Neste momento é estudada a melhor forma de remover os corpos com segurança, lembrando que é uma área de difícil acesso e toda ação demanda tempo e estudo para montar uma operação. Para montar a operação, a Polícia Civil solicita cooperação entre as forças de segurança do Estado, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar e Exército Brasileiro para atuarem de forma integrada no resgate dos corpos”, ressaltou a nota.
Por fim, a Polícia justificou que as atividades de garimpo são ilegais e que as vítimas estavam em área indígena, por isso, todas estas circunstâncias necessitam de apuração pelas instituições competentes. A Polícia Civil não revelou nada sobre as investigações do caso nem mesmo uma data para fazer o resgate dos corpos.
O CASO – As famílias dos garimpeiros Carlisson Maçal do Nascimento, de 22 anos e Zaqueu Gomes Batista, 33 anos, vivem um drama depois que descobriram que os dois homens, mais uma terceira pessoa, foram mortos a tiros na região de garimpo. A principal reclamação é de que as instituições a quem compete fazer o resgate dos corpos não se mobilizaram para atender a demanda. Os familiares dizem que as mortes acontecerem na quinta-feira da semana passada. Desde então, as famílias fazem peregrinação para que o caso seja resolvido e as vítimas sejam sepultadas. (J.B)