O candidato a vereador Max Morais (União Brasil) detalhou a denúncia de suposta coação durante gravação de propaganda eleitoral em Boa Vista. A reação ocorreu após uma candidata do partido ter dito que não autorizou a acusação contra a candidata a prefeita Catarina Guerra (União Brasil) em seu nome.
À Folha, Max reforçou que procurou seus direitos enquanto candidato depois de ter se sentido coagido durante a gravação de uma segunda propaganda eleitoral, no estúdio de gravação contratado pelo partido. A representação eleitoral foi recebida pelo juiz Angelo Augusto Graça Mendes, da 1ª Zona Eleitoral, que decidiu favorável à participação de candidatos a vereador da sigla sem prestar apoio a candidatura majoritária.
O candidato afirma que a primeira propaganda foi gravada no mesmo local e pela mesma equipe que, inclusive, chegou a questionar o motivo de não usar o vídeo anterior. Ele explica que a primeira publicidade foi gravada antes da decisão sobre quem iria representar o partido na disputa pela Prefeitura de Boa Vista.
“Nós já tínhamos gravado, todos os candidatos já tinham feito uma gravação anteriormente. Depois, nós fomos chamados novamente para que as pessoas fossem gravar de novo. No estúdio contratado pelo partido. A mesma empresa, no mesmo local onde fiz a primeira gravação. Até questionei por que não podia usar o primeiro vídeo, onde não pedi votos para ninguém, nem para Catarina e nem para Nicoletti [deputado federal Antônio Nicoletti, então candidato a prefeito pelo União Brasil]. Então, fiz a mesma coisa que fiz quando gravei a segunda vez. E no final, exatamente o que é dito no áudio”, afirmou.
Confira trecho de áudio revelado pelo candidato sobre a suposta coação:
As informações prestadas pelo candidato no áudio foram utilizadas na representação eleitoral por parte de Max e de mais outras duas candidatas do partido. Mas, uma delas, negou que estivesse presente na gravação.
“Posteriormente, uma candidata, que foi citada no processo, questionou o fato e disse que não tinha sido coagida. Então, as pessoas estão questionando, dizendo que é mentira. Que eu estou mentindo. Então, quero deixar bem claro o que ocorreu o fato, mas realmente aconteceu conforme o áudio no estúdio de gravação. Em nenhum momento, a gente está mentindo. Não queremos prejudicar candidato algum. E, sim, eu procurei o meu direito enquanto candidato”, declarou.
Candidato a vereador diz que não tem nada contra Catarina
Apesar de ter dito que se sentiu coagido durante a gravação, o candidato frisou que não tem nada contra Catarina Guerra, que a escolha de entrar com a ação foi antes da decisão da Justiça Eleitoral que opinou pela escolha da candidata enquanto representante do partido e que apenas tentou priorizar sua própria candidatura no pouco tempo de propaganda disponível.
“O grande problema é que 25 segundos é pouco tempo para que a gente possa falar nossas propostas. E não tinha sido definido realmente quem ia ser o candidato” disse. “A gente não tem nada contra a candidata e sim com relação ao horário político, que seja respeitado os 25 segundos”, complementou.