Paralisação no Centro Cívico vira ato político

De acordo com o presidente da cooperativa, o apoio ao candidato Antonio Denarium (PSL) foi fechado dois dias antes da votação do primeiro turno, no entanto os veículos só foram adesivados na noite dessa sexta-feira, 25

Os veículos utilizados para o transporte de alunos de escolas estaduais que estão paralisados na Praça do Centro Cívico amanheceram neste sábado, 27, com adesivos que declaram apoio ao candidato do PSL, Antonio Denarium.

De acordo com o presidente da cooperativa, Marcio Andre Costa, o apoio ao candidato Antonio Denarium, foi fechado dois dias antes da votação do primeiro turno, no entanto os veículos só foram adesivados na noite dessa sexta-feira, 25.

Ainda de acordo com o presidente, representantes da cooperativa procuraram o candidato José de Anchieta (PSDB) mas não teriam sido recebidos pelo tucano.

O outro lado – Em nota, a assessoria do candidato José de Anchieta disse que “Anchieta não recebeu nenhum recado do Márcio André, mas respeita a decisão política dele e da cooperativa de apoiar o outro candidato”.

Paralisação

Dezenas de veículos, entre ônibus, micro-ônibus, vans e caminhonetes estão estacionados na Praça do Centro Cívico, nas proximidades do Palácio Senador Hélio Campos, desde a última quarta-feira, 24, aguardando o pagamento das empresas terceirizadas.

De acordo com os empresários a paralisação só vai terminar quando receberem o pagamento em dia. Os cooperativados relatam que não recebem há nove meses. A situação se agravou nos últimos meses, e agora os empresários não tem como manter os veículos funcionando.

A frota com mais de 600 veículos atende estudantes do interior do estado. O reflexo da falta de pagamento é a suspensão das atividades escolares. A situação colocou em risco o ano letivo de centenas de estudantes.

Márcio André afirmou que os empresários estão conseguindo se sustentar durante estes meses por meio de venda de terrenos, casas e empréstimos. “Tudo isso vem virando uma bola de neve para nós. Estamos endividados, assim como o próprio Estado. Mas estamos nessa situação por causa do governo, por isso viemos cobrar”, afirmou.