Se você é de Roraima, com certeza já deve ter experimentado o pirulin. O doce de origem venezuelana, feito com bolachas laminadas, avelã e chocolate, conquistou o paladar dos roraimenses. Conforme o rótulo, o produto segue uma receita italiana e, hoje, é produzido na República Dominicana.
Nos últimos dias, o produto levou centenas de pessoas a um supermercado, em Boa Vista, após uma promoção relâmpago. Geralmente, o valor de uma lata de 300g pode chegar até R$ 40. Nessa promoção, o produto estava custando R$ 9,98. Com isso, conforme o gerente do estabelecimento, Alexandro Sousa, nos dois dias de promoção, acabou todo o estoque de 24 mil latas de pirulin quase em um piscar de olhos.
“Fizemos essa promoção porque o nosso fornecedor de Manaus ofereceu uma grande quantidade de pirulins que estavam próximos de vencer. Então, negociamos um valor com ele para que pudéssemos vender nos mercados por um preço bem abaixo do que o costume. Foi, também, uma forma de chamar a atenção do cliente”, explicou o gerente.
Em relação à repercussão, ele afirma que não esperava o movimento que a promoção acabou gerando entre o público. “Não anunciamos tanto, só fizemos uma publicação nas redes sociais e acabou sendo o suficiente. Em menos de 2h30 o pessoal levou tudo. Acho que foi essa loucura porque os consumidores já amavam pirulin desde quando iam muito para Santa Helena. Ficou em falta aqui no Brasil por um tempo e era mais caro. Quando viram a promoção, quiseram aproveitar”.
Para a migrante venezuelana Diana Diamo, de 19 anos, o pirulin é sinônimo de infância. Segundo a operadora de caixa, o produto também é querido entre o povo da Venezuela, porém, devido ao preço elevado, tornou-se um artigo de luxo no país. Por esse motivo, ela estava há anos sem comer pirulin. Diante disso, a FolhaBV ofereceu o doce a ela, para que matasse a saudade.
“O pirulin é o doce que a gente mais ama lá, é uma parte da vida do venezuelano. Moro aqui há seis meses e há anos não comia pirulin. Não consegui comprar na promoção, porque acabou muito rápido. Provar pirulin de novo me faz voltar à época da escola. É o sabor da minha terra, que delícia”, relatou emocionada.
Esthefany Aparecido, de 25 anos, aproveitou a promoção e levou cerca de 20 latas para distribuir para os familiares. Apesar de não ser tão fã de doce, ela reconhece que o pirulin tem um impacto diferente no coração dos roraimenses.
“No dia da promoção foi uma loucura. O mercado parecia um parque de diversões, os carrinhos cheios de pirulins se batiam toda hora, porque tinha muita gente. Todo mundo gostava de pirulin desde a época em que era mais comum ir à Venezuela”, comentou.