Carmen Elisa Emiliano de Assis Silva, faleceu neste sábado, 21 de setembro, após sofrer uma parada cardíaca enquanto estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Roraima (HGR). De acordo com seu marido, Rodrigo Silva, a equipe médica tentou reanimá-la, mas sem sucesso. O óbito foi constatado após a paciente ter apresentado um quadro de inchaço cerebral.
Carmen estava internada desde o início da semana, após complicações durante o parto de sua filha, Alise Eloah, no Hospital Materno Infantil. O parto, que também resultou na morte da recém-nascida, agravou o estado de saúde da paciente, que foi transferida para o HGR em condição crítica.
Rodrigo relatou em matéria anterior que sua esposa chegou à maternidade com fortes dores, mas enfrentou demora no atendimento. Após ser medicada, ela passou mal e desenvolveu uma série de complicações, incluindo dificuldades respiratórias e convulsões.
Nota da Sesau
NOTA
A Secretaria de Saúde vem a público esclarecer, com base em informações técnicas e oficiais, que a paciente C.E.E.A.S deu entrada na Maternidade na madrugada do dia 14 de setembro, em estado gravíssimo com sinais e sintomas clínicos e laboratoriais de pré-eclampsia e síndrome HELLP, uma complicação grave da gravidez que pode causar lesões em órgãos e levar à morte da mãe e do bebê.
Diante da situação crítica, recebeu a medicação adequada e foram adotados os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde e após estabilização do quadro inicial foi realizada uma cirurgia cesárea de emergência, na tentativa de salvar o bebê, que não apresentou sinais vitais ao nascer e não reagiu às tentativas de reanimação, sendo considerado natimorto – termo utilizado para designar o falecimento intrauterino ou no momento do parto.
Em decorrência do grave estado de saúde com o qual deu entrada na Maternidade, a paciente foi encaminhada para a UTI do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, contudo, ela não apresentou resposta ao tratamento.
É necessário destacar que a paciente não havia feito pré-natal adequado, não realizou exames preconizados pelo Ministério da Saúde e não seguiu o protocolo para mulheres com histórico de pré-eclampsia anterior.
Portanto, é totalmente inverídica a suposição de que teria havido falta de oxigênio, insumos ou qualquer outro procedimento necessário no atendimento à mãe e ao bebê. Ao contrário, a equipe de plantão realizou todos os procedimentos possíveis para salvá-los.
A Sesau reafirma o compromisso com a transparência e a qualidade no atendimento prestado pelos servidores do quadro da rede estadual de saúde, razão pela qual solicitou da Polícia Civil instauração de inquérito para apurar o caso, uma vez que todos os procedimentos técnicos preconizados pelo Ministério da Saúde foram realizados e utilizados todos os componentes essenciais para preservar a vida humana e também encaminhou o caso o Conselho de Ética do CRM, responsável pela apuração da conduta dos profissionais envolvidos no atendimento em questão.
A Sesau repudia veementemente as informações incorretas veiculadas por alguns meios de comunicação, que, além de desinformar a população, desrespeitam a dor e o luto da família envolvida.
Por fim, a Sesau lamenta profundamente a perda de uma vida uma humana, pois a nossa missão é salvar vidas, com a realização de uma média de 750 partos todos os meses.