A falta de morfina na Unidade de Controle de Oncologia (Uncaon), em Boa Vista, tem gerado preocupação entre familiares de pacientes em tratamento paliativo. O filho de Dona Noemia Pascoal, de 76 anos, que luta contra um câncer em estágio avançado, procurou a Folha para relatar a ausência do medicamento, fundamental para aliviar as dores intensas causadas pela doença.
Segundo o relato, a mãe está acamada e sofre com dores fortes, agravadas pela falta da morfina de 100mg, utilizada em cuidados paliativos.
“Ela tem câncer com metástase, é acamada e depende dessa morfina por causa das dores. Está nos cuidados paliativos, quando não há mais o que fazer, e só aguardamos o momento final. Sem a morfina, é muito pior, pois ela já está à beira da morte e ainda sofre com dores intensas”, desabafou o filho.
Outro lado
Procurada pela Folha, a Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau) enviou uma nota esclarecendo que o medicamento pode ser ministrado de forma injetável no Pronto Socorro Airton Rocha, desde que o paciente apresente o laudo médico, cartão SUS e documentos pessoais.
A Secretaria também ressaltou que está em processo de compra de um novo lote de morfina de 100mg para atender os pacientes oncológicos do Estado.
Confira a nota na íntegra:
“A Secretaria de Saúde esclarece que o referido paciente pode ir ao Pronto Socorro Airton Rocha com o laudo médico, cartão SUS e documentos pessoais para que o medicamento será ministrado de forma injetável e com acompanhamento profissional.
A Sesau adianta ainda que está em processo de compra um novo lote de morfina de 100mg para atendimento de pacientes oncológicos do Estado”.
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