PL que previa policiais na proteção de escolas é arquivado em Roraima

Veto foi mantido por nove deputados. Proposta foi apresentada em 2023, quando haviam ameaças de massacre em escolas em Roraima

Formatura de oficiais da Polícia Militar de Roraima - 24.06.2022 (Foto: SupCom ALE-RR/Ilustração)
Formatura de oficiais da Polícia Militar de Roraima - 24.06.2022 (Foto: SupCom ALE-RR/Ilustração)

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) manteve, por nove votos a sete, o veto total do governador Antonio Denarium (Progressistas), por inconstitucionalidade, ao Projeto de Lei que autorizaria policiais militares e penais de folga a receberem remuneração para reforçar a segurança das escolas estaduais. Com isso, a proposta está arquivada (ao final da reportagem, veja como cada deputado votou).

Na sessão de terça-feira (24), o líder do Governo na Casa, deputado Coronel Chagas (PRTB), defendeu a manutenção do veto, embora reconhecesse que proposta esteja “coberta de boas intenções”. Ele reforçou que a matéria deveria ser proposta pelo Poder Executivo.

Chagas disse seguir o parecer da Procuradoria-Geral da ALE-RR, que sugeriu que o projeto seja convertido em indicação ao Governo. Autora do projeto, a deputada governista Joilma Teodora (Podemos) votou contra o veto.

No veto enviado aos deputados, Denarium explicou que a proposta é inconstitucional porque, legalmente, é um tipo de iniciativa que deveria ser apresentada pelo Governo e acompanhada de estudo de viabilidade. “A proposição na forma posta, além de interferir na gestão de órgãos estaduais, demandaria a criação de despesas para o Executivo”, disse.

Em 2023, Joilma apresentou o projeto no contexto de ameaças de massacre em escolas de Roraima e do aumento do tráfico de drogas nas proximidades dos locais. Na opinião dela, a presença de policiais poderia prevenir e inibir a ocorrência de crimes e violências nos ambientes escolares, e ainda aumentar a “sensação de segurança” nas unidades.

RELEMBRE

Pela proposta, as secretarias de Segurança Pública (Sesp) e de Educação e Desporto (Seed) seriam responsáveis por uma lista de policiais voluntários a atuar na segurança das escolas. Enquanto a Sesp fixaria diretrizes para a atuação dos agentes, a Seed pagaria a remuneração dos policiais. Normas e procedimentos inerentes seriam regulamentados pelo governador.

Confira como cada deputado votou no veto

  • Angela Águida Portella (Progressistas) – sim
  • Armando Neto (PL) – ausente na votação
  • Aurelina Medeiros (Progressistas) – sim
  • Catarina Guerra (União Brasil) – não votou
  • Chico Mozart (Progressistas) – não votou
  • Claudio Cirurgião (União Brasil) – não
  • Coronel Chagas (PRTB) – sim
  • Dr. Meton (MDB) – sim
  • Eder Lourinho (PSD) – não
  • Gabriel Picanço (Republicanos) – ausente na votação
  • Idazio da Perfil (MDB) – sim
  • Isamar Júnior (Podemos) – ausente na votação
  • Joilma Teodora (Podemos) – não
  • Jorge Everton (União Brasil) – não votou
  • Lucas Souza (PL) – sim
  • Marcelo Cabral (Cidadania) – sim
  • Marcinho Belota (PRTB) – não
  • Marcos Jorge (Republicanos) – não
  • Neto Loureiro (PMB) – não votou
  • Odilon (Podemos) – ausente na votação
  • Rarison Barbosa (PMB) – não
  • Renato Silva (Podemos) – não
  • Soldado Sampaio (Republicanos) – não
  • Tayla Peres (Republicanos) – não