Os profissionais de saúde que atuam em comunidades indígenas Yanomami reforçaram as dificuldades em meio à crise de saúde pública na região. A gravidade da situação foi debatida no 59º Congresso de Medicina Tropical (MEDTROP 2024), realizado entre 22 e 25 de setembro em São Paulo.
Os profissionais de organizações como o Médico Sem Fronteiras (MSF) relataram que o isolamento geográfico, somado à precariedade dos transportes, impede que os tratamentos sejam realizados de forma eficaz. A malária, por exemplo, requer um ciclo de sete dias de medicação, mas os profissionais conseguem, em média, oferecer apenas dois a três dias de cuidados, o que compromete a recuperação dos pacientes.
Além disso, a desnutrição afeta severamente as crianças Yanomami, que muitas vezes não respondem adequadamente aos tratamentos devido à sua condição física. Parasitas e doenças negligenciadas continuam a impactar a saúde dessas comunidades.
destacaram os profissionais.
Segundo dados apresentados no congresso, a MSF realizou mais de 7.700 atendimentos médicos no primeiro semestre de 2024 e promoveu 500 atividades de promoção à saúde, beneficiando mais de 6.000 pessoas. Além disso, mil indígenas participaram de 76 atividades de saúde mental, enquanto 193 pessoas foram atendidas individualmente em consultas de saúde mental com os Médicos Sem Fronteiras.
Combate às doenças
Na abertura do congresso, o Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas apresentou o manifesto “Até quando sem respostas?”, exigindo ação das autoridades para combater doenças como malária, hanseníase e tuberculose que afetam populações vulneráveis. O manifesto ressaltou a urgência de uma infraestrutura de saúde robusta, incluindo atenção primária, acesso a vacinas e transporte adequado.
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destacam a dificuldade em garantir os sete dias necessários para tratar a doença. Mas que já houve um avanço ao conseguir fazer o tratamento dos pacientes por dois a três dias, mas ainda insuficiente. As equipes enfrentam longas caminhadas e precariedade nos transportes aéreo e terrestre para buscar pacientes e garantir o acesso a cuidados médicos básicos.
Além disso, a desnutrição afeta severamente as crianças Yanomami, que muitas vezes não respondem adequadamente aos tratamentos devido à sua condição física. Parasitas e doenças negligenciadas continuam a impactar a saúde dessas comunidades. Segundo dados do primeiro semestre de 2024, já realizaram mais de 7.7 mil atendimentos, mais de 6 mil pessoas participaram das 500 atividades de promoção à saúde do Médicos Sem Fronteiras, um mil em 76 atividades de saúde mental, enquanto 193 pessoas foram atendidas individualmente em consultas de saúde mental com os Médicos Sem Fronteiras, um número ainda longe de suprir a demanda.