Cotidiano

Nova greve de caminhoneiros é descartada para este ano

Desde o início da semana, especula-se a possibilidade de que uma nova greve nacional de caminhoneiros, com as primeiras mobilizações ocorrendo no estado de Goiás. O ato em si acabou não acontecendo, por mais que houvesse interesse de parte da classe. Lideranças nacionais da categoria afirmaram em entrevistas que a ideia é aguardar o andamento político do próximo ano.

O que teria motivado a possibilidade de greve é a falta do cumprimento do piso mínimo de frete. Segundo os motoristas informaram a meios de comunicação nacionais, as transportadoras estão pagando um valor abaixo dele, além de perseguirem caminhoneiros que não aceitam o valor.

Uma das lideranças dos caminhoneiros em Roraima, Áquila Costa, reforçou o discurso de esperar o próximo ano e que atuais divergências existentes na classe, no atual e delicado cenário político, fazem com que um possível movimento não tenha a mesma força que a greve geral do mês de maio.

“Nós, que estamos no nosso quadro, temos discordâncias em relação ao atual piso, que foi criado às pressas em meio à greve geral. Eu mesmo possuo minhas dúvidas ao atual piso. Não adianta, para mim, ser lançada uma tabela de piso mínima, com uma viagem sendo cobrada a R$ 3 mil, se o imposto em cima disso for de R$ 200,00”, exemplificou.

Áquila também comentou que o movimento de caminhoneiros em Roraima foi frutífero para a classe, principalmente quando se leva em consideração a reação de empresários e gerentes de postos de combustíveis. Ele conta que, ao contrário de vários estados, o mercado roraimense está mais competitivo.

“Apesar de, na época, nós só conseguirmos o apoio de taxistas e motoristas de aplicativo, com a população deixando muito a desejar, o nosso estado teve uma adesão boa em meio à greve que ocorreu. Por exemplo, o preço da gasolina em Manaus chega a até R$ 4,99. Em Boa Vista, esse valor é de, no máximo, R$ 4,72. Isso mostra que os postos estão mais flexíveis com relação a seus preços. Nós até poderíamos fazer uma outra manifestação, mas precisamos de uma pauta definida, que seja voltada para as peculiaridades de Roraima”, contou. (P.B)

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.