Filha de vítima de homicídio se torna policial, investiga e prende o assassino do pai após 25 anos

O crime ocorreu em 16 de fevereiro de 1999, quando Givaldo, então com 36 anos, foi morto a tiros em um bar no bairro Cambará, em Boa Vista, devido a uma dívida de R$ 150

Gyslayne tinha apenas 9 anos quando o pai foi assassinado
Gyslayne tinha apenas 9 anos quando o pai foi assassinado

Após 25 anos do assassinato de seu pai, Givaldo José Vicente de Deus, Gislayne de Deus, escrivã da Polícia Civil de Roraima (PCRR), participou da prisão de R.A.G., de 60 anos, condenado pelo homicídio. O crime ocorreu em 16 de fevereiro de 1999, quando Givaldo, então com 36 anos, foi morto a tiros em um bar no bairro Cambará, em Boa Vista, devido a uma dívida de R$ 150.

A prisão foi efetuada por equipes da DGH e do Departamento de Inteligência (Deint) da Secretaria de Segurança Pública de Roraima (Sesp) na quarta-feira (25), em uma área de chácaras no bairro Nova Cidade. (Foto: Divulgação)

Na época do crime, Gislayne tinha apenas nove anos. Motivada pela busca por justiça, decidiu seguir a carreira policial, ingressando primeiro na Polícia Penal e, posteriormente, na PCRR. Na Delegacia Geral de Homicídios (DGH), Gislayne encontrou a oportunidade de buscar respostas para sua família e para outras que também aguardavam por justiça.

O caso foi a julgamento em 2016, mas o réu quase foi absolvido. A família conseguiu encontrar uma testemunha que não havia sido ouvida, o que resultou na condenação de R.A.G. a 12 anos de prisão em regime fechado. Contudo, ele permaneceu foragido até 2022, quando foi avistado por um tio de Gislayne.

A prisão foi efetuada por equipes da DGH e do Departamento de Inteligência (Deint) da Secretaria de Segurança Pública de Roraima (Sesp) na quarta-feira (25), em uma área de chácaras no bairro Nova Cidade.

Gislayne participou da operação e ressaltou que a realização da justiça foi o aspecto mais importante deste processo.  “A prisão dele representa não apenas a reparação de uma injustiça, mas também o poder da perseverança em nome da Justiça”, disse.

O homem foi levado à DGH, onde sua prisão foi formalizada e apresentado na Audiência de Custódia, sendo, em seguida, encaminhado ao Sistema Prisional para cumprir sua pena.

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