A Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) inicia nesta terça-feira, 01 de outubro, a Campanha de Atualização de Rebanhos de 2024. Segundo o médico veterinário da Aderr, Sylvio Botelho, a medida visa identificar fielmente o número de animais presentes no Estado.
A informação foi repassada em entrevista ao economista Getúlio Cruz durante o programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 neste domingo, 29. O prazo da campanha de atualização de rebanhos vai até 15 de novembro. Quem não fizer, ficará impedido de emitir o Guia de Trânsito Animal (GTA).
Botelho explica que ao longo dos anos, a Aderr aprimorou o cadastro para identificar as criações, propriedades e quantidade de bovinos, equinos e suínos em Roraima. Porém, com o anúncio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em dezembro de 2023 da suspensão da vacina contra a febre aftosa em sete estados, incluindo Roraima, é preciso ter um controle ainda mais específico dos dados.
“A gente conseguiu ter um cadastro real e auditável. Entretanto, a gente retirou a vacina de febre aftosa. Com isso, os rebanhos passam a ser vulneráveis ao vírus. Agora a gente precisa cada vez mais ter esse controle perfeito das propriedades, principalmente das espécies que são suscetíveis ao vírus da febre aftosa”, pontuou Botelho.
O médico veterinário reforçou ainda que a campanha de vacinação foi suspensa, mas que o trabalho desenvolvido pela Aderr permanece, inclusive a atualização de dados cadastrais dos animais.
Segundo a Aderr, a atualização deve ser feita de forma gratuita por meio do Sistema de Gerenciamento Agropecuário do Estado de Roraima (Sigaderr) ou em alguma unidade da agência presente nos municípios. “O produtor é obrigado a ir junto à Agência ou ir pelo sistema online atualizar seus dados cadastrais, principalmente os rebanhos”, completou.
Outro destaque da Aderr é o levantamento dos dados da produção vegetal, para identificar informações sobre a produção da soja, banana, laranja e demais itens. O recadastramento foi criado inspirado pelo trabalho executado pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).
Segundo Sylvio, as exigências para as declarações de informações visa transformar Roraima em um grande exportador de alimentos. “O Caribe, a Guiana, já começaram a comprar. A gente entende que esse mercado para frutas, carnes, tudo que a gente produzir, é importante para o Estado”, defendeu.
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