Cotidiano

ONU apoia aulas de defesa pessoal para venezuelanos

A estratégia é implementada pela Universidade Federal de Roraima

Em Boa Vista (RR), agências das Nações Unidas e instituições locais oferecem aulas gratuitas de defesa pessoal para mulheres e pessoas LGBTI que deixaram a Venezuela. Projeto visa diminuir os riscos de violência de gênero ou motivada por questões de orientação sexual. Com encontros semanais previstos até 15 de dezembro, o programa também promove diálogos sobre temas de saúde e desigualdades entre homens e mulheres.

Em Boa Vista (RR), agências das Nações Unidas e instituições locais oferecem aulas gratuitas de defesa pessoal para mulheres e pessoas LGBTI que deixaram a Venezuela. Projeto visa diminuir os riscos de violência de gênero ou motivada por questões de orientação sexual. Com encontros semanais previstos até 15 de dezembro, o programa também promove diálogos sobre temas de saúde e desigualdades entre homens e mulheres.

A primeira atividade da iniciativa “Respeito à diversidade: Defesa Pessoal e Rodas de Conversa” reuniu cerca de 50 interessados no final de semana passado (27). A estratégia é implementada pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a organização Cáritas e o Instituto de Migrações e Direitos Humanos.

O objetivo do projeto é fortalecer psíquica, física e coletivamente as mulheres e a população LGBTI venezuelanas. As aulas de defesa pessoal são coordenadas por profissionais de saúde, direito e artes marciais. O encontro do último sábado foi aberto também a brasileiros.

O UNFPA lembra que mulheres, gays, lésbicas, bissexuais, pessoas trans e intersexo estão expostos a riscos específicos quando passam por situações de migração e refúgio. Para esses grupos, ameaças aos direitos humanos, como tráfico de pessoas, exploração sexual e violência, são mais recorrentes.

“Esse projeto tem três ações específicas, duas delas voltada para a população adulta, para que aprendam técnicas de artes marciais como o jiu-jitsu e para se discutir as realidades das populações nas rodas de conversa. A outra é voltada para crianças e adolescentes, filhos e filhas dos participantes”, explica a professora Eliane Costa, coordenadora-geral da iniciativa.

A docente acrescenta que o programa visa enfrentar o machismo e outras formas de discriminação, como o racismo e a xenofobia.

As atividades acontecem no espaço da organização Cáritas, em Roraima, na Rua Nossa Senhora da Consolata, 1529, no Centro Cívico.

Fonte: Nacoesunidas.org