O bloco 4 do Concurso Nacional Unificado (CNU) foi suspenso pela Justiça do Distrito Federal nesta quinta-feira (3). A determinação também suspende a divulgação das notas aos cargos da área de Trabalho e Saúde do Servidor até o julgamento final da liminar, previsto para a próxima terça-feira (8).
De acordo com a decisão judicial, houve uma quebra do tratamento isonômico através do favorecimento de determinados candidatos. A situação ocorreu em Recife/PE, onde uma sala teve cerce de 11 minutos de acesso ao caderno de provas da tarde, ainda no turno da manhã.
Apesar do equívoco ter sido sanado a tempo de não causar prejuízo à integridade do certame, no entendimento da juíza Lucineia Tofolo, as provas indicam que o ocorrido não se limita à violação do malote. No entanto, “avançaram para o vazamento do conteúdo das próprias questões, o que, ao tempo em que viola a isonomia entre os candidatos, contamina o prosseguimento do concurso com a pecha da imoralidade”.
Acesso ao caderno de questões
O caso aconteceu na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Jornalista Trajano Chacon, onde um grupo de candidatos denunciou que os fiscais de prova de uma das salas, no turno da manhã, teriam rompido o lacre do envelope que continha os cadernos de prova de conhecimentos específicos do bloco 4. Esses cadernos seriam aplicados apenas no turno da tarde.
Uma das candidatas alegou ter tido acesso antecipado ao caderno de provas, ter folheado e lido por completo o caderno, além de escrever seu próprio nome. Após ter percebido que o documento não se tratava do caderno da manhã, ela alertou os fiscais, que recolheram as provas e voltaram com os cadernos corretos.
Por meio de nota oficial ao caso noticiado em agosto, o Ministério da Gestão e Inovação informou que as medidas foram tomadas no mesmo dia da realização das avaliações. De acordo com o MGI, o envelope com as provas permaneceu sob sigilo até a aplicação no turno da tarde.