Confundir menopausa com climatério é muito comum. Afinal, são dois termos “irmãos”, que se referem à mesma fase da vida da mulher, mas servem para designar momentos diferentes desse processo.
Menopausa é o nome que se dá à última menstruação, um episódio que ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre antes disso , é chamada de menopausa prematura ou precoce. De acordo com o médico endocrinologista Cesar Penna, o termo é empregado indevidamente para designar o climatério, que é a fase de transição do período reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo na vida da mulher. O diagnóstico de cada uma tem suas características em comum.
“A principal característica em comum é a parada das menstruações, porém na menopausa ocorre depois que a mulher passou doze meses sem menstruar. Já o diagnóstico do climatério leva em conta os sintomas, o exame clínico e alguns exames laboratoriais” explica.
Médico explica a diferença entre a menopausa e o climatério em mulheres (Foto: Divulgação)
Segundo o médico, a fase da menopausa e climatério é assintomática em muitos dos casos. Em ambos, os sintomas que se intensificam com a diminuição progressiva das concentrações dos hormônios sexuais femininos. Os mais comuns são:
Ondas de calor ou fogachos : episódios súbitos de sensação de calor na face, pescoço e parte superior do tronco, geralmente acompanhados de rubor facial, sudorese, palpitações cardíacas, vertigens, fadiga muscular. Quando mais intensos, podem impor limitações nas tarefas do dia a dia;
Com o fim da menstruação, há uma diminuição na produção dos hormônios sexuais femininos, o que pode resultar em uma série de mudanças no corpo da mulher, sentidas a curto, médio e longo prazos. Nesses casos, é preciso ter um acompanhamento médico, já que nesse período, muitas mulheres apresentam
Manifestações urogenitais, tais como dificuldade para esvaziar a bexiga, dor e premência para urinar, incontinência urinária, infecções urinárias e ginecológicas, ressecamento vaginal, dor à penetração e diminuição da libido.
Reposição hormonal pode ser indicada pelos médicos (Foto: Divulgação)
Outro fator que deve ser bem observado pelos médicos, são os sintomas psíquicos. “Quando uma mulher enfrenta a redução dos níveis de estrógeno e progesterona, ela acaba diminuindo a interfere a liberação de neurotransmissores essenciais para o funcionamento harmonioso do sistema nervoso central. Como consequência, aumentam as queixas de irritabilidade, labilidade emocional, choro descontrolado, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia;Alterações na pele, que perde o vigor, nos cabelos e nas unhas, que ficam mais finos e quebradiços” ressalta.
A terapia de reposição hormonal tem a vantagem de aliviar os sintomas físicos, psíquicos e os relacionados com os órgãos genitais como secura vaginal e incontinência urinária. “A reposição hormonal devem ser criteriosamente avaliadas, tais como o risco de doenças cardiovasculares, trombose, câncer de mama e de endométrio, distúrbios hepáticos e sangramento vaginal de origem desconhecida” finaliza.