A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento de um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo o ex-senador Romero Jucá e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), líder do MDB no Senado. Eles foram indiciados pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A investigação apontava que os senadores teriam recebido propina do antigo grupo Hypermarcas, atual Hypera Pharma, para favorecer a empresa em trâmites no Congresso Nacional.
De acordo com o relatório da PF, o grupo farmacêutico teria pago cerca de R$ 20 milhões aos parlamentares, por meio do empresário Milton Lyra, identificado como lobista ligado ao MDB.
O objetivo seria a atuação dos senadores em um projeto de lei sobre incentivos fiscais a empresas, em tramitação no Senado entre 2014 e 2015.
O pedido de arquivamento foi apresentado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. A ação contra os parlamentares, todos do MDB, tramitava há seis anos.
No mês passado, o relatório final do inquérito foi enviado pela PF ao STF, sob sigilo. O ministro Edson Fachin, relator do processo no Supremo, encaminhou o material à PGR, e cabe ao procurador-geral decidir se oferece denúncia contra os senadores.