Após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF), o candidato a prefeito de Mucajaí, Chiquinho Rufino (Republicanos), divulgou neste sábado (5) vídeo para dizer que a ação foi baseada em denúncia “infundada” da oposição, em referência direta à campanha do candidato rival Joelson Costa (Solidariedade).
No vídeo, ele não detalha o cumprimento da ordem de busca e apreensão na residência, apenas diz que a “ação não tem nada a ver com desvio ou corrupção”. “Algo que faz parte do processo democrático e da justiça”, destacou. “Não vamos nos deixar intimidar por boatos e mentiras!”.
Em Mucajaí, a reportagem apurou que a operação na casa do candidato iniciou por volta das 6h. Lá, os agentes da PF reviraram objetos e apreenderam o celular de Chiquinho Rufino. A Folha tentou falar pessoalmente com o candidato sobre o caso, mas auxiliares e aliados o blindaram.
No comitê de Chiquinho Rufino, o senador Mecias de Jesus (Republicanos), ao lado do advogado da campanha, conversou informalmente com a Folha, fez críticas à operação e disse que nada foi encontrado na casa de Chiquinho.
Citado, Joelson Costa ainda não atendeu a ligação da Folha, nem respondeu sobre as falas do rival. O espaço está aberto.
Operações
Neste sábado, a PF fez operação em quatro municípios: Pacaraima, Mucajaí, Alto Alegre e São Luiz. Até a última atualização do texto, a corporação apreendeu celulares, documentos e aproximadamente R$ 2,7 mil com alvos de busca e apreensão, mas não detalhou onde foram feitas essas apreensões.
Segundo a PF, os três mandados de busca e apreensão em Mucajaí – sendo dois em endereços ligados a um candidato a vereador e outro a Chiquinho – foram expedidos com base em investigação iniciada após ação policial feita na quarta-feira (2), a partir de informações recebidas pelo Disque Denúncia.
Durante essa operação, a PF apreendeu em uma caminhonete S10 prata com adesivo de Chiquinho, ocupada por três cabos eleitorais, R$ 6,9 mil, material de campanha e duas cadernetas contendo anotações de diversos nomes de pessoas, possivelmente eleitores. O trio foi preso em flagrante.
Além disso, os agentes encontraram com um dos passageiros a quantia de R$ 2,3 mil, separada em notas de R$ 200, valor que é comumente associado à prática conhecida como “boca de urna”.