Em mais um dia de paralisação, os servidores públicos estaduais realizaram na manhã desta sexta-feira, 9, uma manifestação em frente a sede do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), localizado no Centro da Capital.
De acordo com Kézia Mendonça, presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado de Roraima (Abpm-RR), o ato teve como finalidade chamar a atenção das autoridades do judiciário sobre a importância do diálogo no que diz respeito ao atraso no pagamento dos trabalhadores.
“Eles são as nossas autoridades, nossos representantes. Nós estamos mais de 60 dias sem nossos pagamentos, estamos sem como prover o básico para aos nossos familiares, que é o alimento e não estamos tendo como cumprir com os nossos compromissos por conta dessa situação. Nós militares temos uma lei que é rígida, que impede de fazermos greve, mas o crime militar vai acontecer naturalmente, não porque o policial se negue a trabalhar, mas sim pela falta de condições de trabalhar. É necessário que haja uma sensibilização por parte dos poderes”, comentou.
O ato desta manhã reuniu pouco mais de 50 pessoas, a maioria servidores Civis do Poder Executivo, de diversas pastas. Esposa de policial militar, Amanda Teixeira relatou as dificuldades que os familiares estão enfrentando pela falta de dinheiro.
“Os soldados, cabos e terceiros sargentos receberem o último salário do dia 25 de outubro, que foi referente a setembro, ou seja, o mês de outubro está atrasado. Hoje, eles [Governo] deram prazo de pagamento para aqueles que ainda não foram pagos e até o momento não saiu nada, A situação está bem complicada, tem mulheres que já estão com bens sub judice, porque não tem como pagar. Eles [maridos] não podem paralisar os serviços e nós estamos vivendo basicamente com ajuda de doações”, destacou.
Até o fim desta manhã, nenhuma autoridade ligada ao judiciário roraimense compareceu para conversar com os manifestantes. A matéria completa você confere na Folha Impressa deste sábado, 10.
Colaborou o repórter Fabrício Araújo.