O Governo do Japão doou mais de R$50 milhões de reais (cerca de 1,331 mil milhões de ienes) para implementação do “Projeto de Proteção, Assistência Humanitária e Garantia de Inclusão Socioeconômica para Migrantes e Refugiados da Venezuela”.
O acordo foi firmado entre o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Missão Permanente do Japão, Atsuyuki Oike e o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, em Genebra, na Suíça, no dia 01 de outubro.
A justificativa da doação é a informação de que cerca de 7,7 milhões de pessoas da Venezuela se refugiaram em países vizinhos até maio de 2024, considerando a situação política, econômica e social do país. Do total de 7,77 milhões, cerca de 6,6 milhões vivem em países latino-americanos e vizinhos como Brasil, Colômbia, Equador e Peru.
A expectativa é que a contribuição beneficie mais de 260 mil pessoas refugiadas e migrantes na América do Sul. “O Governo do Japão, através da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), espera contribuir para a resolução dos problemas enfrentados pelos migrantes e refugiados, com a promoção da assistência humanitária, tais como reforço na proteção, inclusão socioeconômica, com criação de meios de subsistência etc. e, consequentemente, contribuir na diminuição da pressão dos encargos desses quatro países acolhedores”, informou a Embaixada do Japão no Brasil.
Segundo a ACNUR Brasil, o investimento vai ser utilizado para ajudar a aperfeiçoar condições de infraestrutura; capacitar organizações locais para fornecer uma melhor assistência; auxiliar na promoção de serviços básicos de saúde, orientação jurídica e apoio psicossocial; acesso a abrigos temporários seguros e adequados; distribuição de itens essenciais de socorro, incluindo kits de higiene, lâmpadas solares e colchões.
“Melhorará também o acesso de refugiados e migrantes a procedimentos de asilo, documentação, serviços educacionais e esportivos. E o mais importante: promoverá a inclusão socioeconômica de pessoas refugiadas para que possam reconstruir suas vidas com segurança e dignidade”, completou.