Após confirmação de caso de febre amarela, Sesau discute controle da doença com a Guiana

A reunião ocorre em resposta à confirmação de um segundo caso de febre amarela silvestre em 2024, afetando um paciente de 13 anos da comunidade Awarewanau Village, na Guiana

O jovem apresentou sintomas em 30 de setembro e foi transferido para o Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento (HGR) em Boa Vista. (Foto: Divulgação/Sesau)
O jovem apresentou sintomas em 30 de setembro e foi transferido para o Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento (HGR) em Boa Vista. (Foto: Divulgação/Sesau)

Com o objetivo de discutir estratégias de controle da febre amarela na região de fronteira, a Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau) irá realizar um encontro, reunindo técnicos da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, a equipe técnica de Saúde do Município de Bonfim e autoridades da Guiana.

A reunião ocorre em resposta à confirmação de um segundo caso de febre amarela silvestre em 2024, afetando um paciente de 13 anos da comunidade Awarewanau Village, na Guiana.

Segundo informações do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue, o paciente manifestou os primeiros sintomas compatíveis com a febre amarela no dia 30 de setembro, sendo transferido do Hospital de Lethem para o HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), em Boa Vista.

A confirmação da doença pelo Lacen-RR (Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima) ocorreu no dia 11 deste mês. O paciente encontra-se em tratamento, com bom estado clínico, sob os cuidados da equipe de infectologia do HGR.

“A equipe de Infectologia do HGR prontamente organizou todo o protocolo de manejo deste paciente, incluindo a notificação e coleta de exames. Após isso, o paciente foi para a UTI e está respondendo bem ao tratamento”, ressaltou a gerente do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue, Rosângela Santos.

O primeiro caso de febre amarela silvestre deste ano foi registrado em março, envolvendo um jovem de 17 anos, também tratado no HGR, que se recuperou e recebeu alta.

Diante da nova confirmação, a Sesau reforça a importância da vacinação contra a febre amarela, que está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde. “É fundamental que a população se vacine. A prevenção é a melhor forma de evitar a doença”, ressaltou Rosângela.

Ela também pediu a colaboração da população para fortalecer a vigilância epidemiológica. Qualquer avistamento de macacos ou bichos-preguiça doentes ou mortos deve ser comunicado às autoridades de endemias para ações preventivas. “A detecção precoce é essencial para evitar a propagação do vírus da febre amarela entre humanos”, concluiu.