Política

Apenas R$ 25 mil do orçamento foram destinados ao Iacti, diz presidente

Lurenes Cruz afirmou que irá captar recursos junto ao Governo Federal para o Instituto de Amparo à Ciência e Tecnologia e Inovação

O presidente do Instituto de Amparo à Ciência e Tecnologia e Inovação (Iacti), Lurenes Cruz, informou em entrevista à Rádio Folha na manhã deste domingo, dia 15, que apenas R$ 25 mil foram destinados para o órgão no orçamento de 2015. Para contemplar todas as ações a serem desenvolvidas ao longo do ano, ele afirmou que irá captar recursos junto ao Governo Federal. Entre os projetos, estão a reforma do Museu Integrado de Roraima (MIR) e a ampliação do serviço de banda larga ofertado no Estado.
Lurenes afirmou que o orçamento do Estado para o ano de 2015 foi elaborado pela gestão anterior. Ele frisou que a quantia à disposição é baixa, o que impossibilita a execução de novos projetos no primeiro instante. “Para não prejudicar nossas futuras ações, decidimos estabelecer parcerias com o Governo Federal através dos Ministérios da Educação, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente”, disse.
O presidente do Iacti afirmou que solicitou recursos junto a estes ministérios devido às vastas atribuições do instituto. Ele relatou que, desde 2011, o órgão é responsável pelas ações de incentivo à ciência, pesquisa e tecnologia. “Antes disso, nossa função era somente a gestão florestal. A Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) apenas cria as unidades de preservação e as fiscaliza, e o Iacti administra”, explicou.
Conforme Lurenes, uma das primeiras ações será a reforma do Museu Integrado de Roraima (MIR), que está fechado para visitações desde 2009. Ele destacou que após o Carnaval, irá se reunir com professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e com a administração do museu para elaborar o projeto que será executado. “O MIR acabou de completar 30 anos de existência. Assim como as obras ali expostas, a estrutura também faz parte da história de Roraima. Queremos apenas restaurar o prédio sem modificar a estrutura original. A obra provavelmente será iniciada em março e concluída em outubro”, explicou.
INTERNET – Outro ponto destacado pelo presidente do Iacti foi a qualidade do serviço de internet prestado no Estado. “Este é um dos nossos maiores gargalos. Nós temos potencial para ter uma internet de qualidade em todos os municípios. A Oi, única empresa responsável pela prestação do serviço em Roraima, deixou de utilizar uma tecnologia chamada backbone, existente na região de Monte Cristo, que seria um ponto de distribuição de internet. Ela levou parte desta estrutura para Manaus (AM) e deixou Roraima com um serviço que deixa a desejar em velocidade e qualidade da conexão”, disse.
De acordo com o presidente do Iacti, outro ponto a ser trabalhado será o preço cobrado pelo serviço. “Pagamos muito caro por uma internet que deixa a desejar. No Paraná, os consumidores pagam cerca de R$ 28 por mega. Tenho internet em duas propriedades, uma na minha casa e outra em uma chácara. A velocidade em ambas é de 512 kbps (metade de 1mb) e eu pago mais de R$ 200. É um absurdo o preço cobrado!”, frisou.
Lurenes destacou que já apresentou a situação da internet no Estado para a governadora Suely Campos (PP) e que, em breve, ela irá baixar um decreto para melhorias no serviço. “Não podemos ficar reféns das constantes quedas de conexão. A internet, hoje, é indispensável para todos os setores. Com essa situação resolvida, pretendemos levar o serviço para todos os municípios do Estado, inclusive para as áreas indígenas”, frisou. (I.S)