A amazonense Maria de Oliveira Tupinambá era filha João Félix de Oliveira Tupinambá e Raimunda Tupinambá. Em 1918, Maria casou-se em Manaus com o contabilista cearense Domingos Pereira da Silva. Este veio para Caracaraí em 1918 e, um ano depois, mandou buscar a esposa (com os três filhos) para junto dele.
Inicialmente o Domingos passou a trabalhar em fazenda de gado e em açougue, cortando e vendendo carne. Depois, foi convidado para assumir o cargo de subdelegado de Fiscal da Coletoria e, ao mesmo tempo, motorista do Serviço de Telégrafo.
Nessa época, Domingos construiu e inaugurou a primeira escola do município de Caracaraí, com apoio do fazendeiro coronel Bento Brasil, de quem era amigo. E, como primeira professora, indicou a sua filha Nice Tupinambá da Silva (a época com apenas 13 anos de idade) para assumir como professora.
Em 1931, Domingos Pereira da Silva ingressou na Comitiva do Marechal Rondon, que veio até Caracaraí, e pretendia chegar até Boa Vista (que ainda pertencia ao Estado do Amazonas). Domingos ficou mais de seis meses trabalhando com a equipe, prestando serviços de primeiros-socorros, curativos e aplicação de injeção no tratamento da malária que acometia os trabalhadores.
Passados os anos, Domingos fez outros serviços e em áreas diferentes.
Em 1934, Domingos trabalhou novamente na Comitiva do Marechal Rondon, e, junto à equipe, conseguiu construiu um caminho até Boa Vista, era uma vereda e não uma estrada, mas já era um avanço.
O casal Domingos Pereira da Silva e Maria de Oliveira Tupinambá, teve 7 (sete) filhos: Nínive, Nice, Nilson, Naiva, Neide, Nelson, e Nestor.
Ao ficar viúvo, o senhor Domingos casou novamente e, com a nova esposa tiveram dois filhos: Nildes e Jesus.
Em 1935, Domingos foi trabalhar no garimpo do Tepequém. Não encontrou ouro, mas contraiu uma doença que lhe definhou e o fez falecer.
A senhora Nice, como a 2ª filha mais velha (a primeira filha era a senhora Nínive), passou a tomar contar dos três irmãos: Nilson, Naiva e Neide. Moravam em Caracarai e, devido ser órfãos, e não contar com ajuda de terceiros, a filha Nice passou a trabalhar como fiscal, vigiando os barcos que atracavam no Porto de Cararacai, a fim de ganhar algum dinheiro para comprar o que faltava para os irmãos.
E, a situação piorou tanto que as adolescentes se viram obrigadas a deixar Caracaraí e voltar para Manaus, e depois para o Município de Lábrea, em busca da irmã Nínive que mora naquele lugar. Mas, também ela não tinha grandes recursos, e as adolescentes retornaram outra vez para Manaus a procura de parentes de sua mãe (no caso os avós João Félix de Oliveira Tupinambá e Raimunda Tupinambá).
A família cresceu. A senhora Raimunda teve as filhas Maria, Osmarina, Olga, Tereza, Oneide, Margiana, Clara (esta, por sua vez, teve os filhos: Ozanes, Orlando, Orleans, Osmarina, Olga, Tereza, Oneide, e Margiana).
Depois que ficou viúvo, o João Félix de Oliveira Tupinambá, casou-se com a senhora Teresa. São filhos: Guaraciaba, Autacy, Jair, Raimundo, Nozinho, Adonias, Iracy, Daicy, Lila, Lezuca, e a senhora Lili (que foi casada com Dagoberto de Castro e Silva – primeiro Administrado da Fazenda São Marcos, em 1919).
Tempos depois o senhor João Felix Tupinambá, casou pela terceira vez, tendo os filhos: Raimundo e Deuza.
Tempos depois, vieram quase todos para Roraima e aqui constituíram novas famílias.
A Família Tupinambá é uma das pioneiras em Boa Vista. Cito por exemplo as senhoras: NAIVA (mãe do ex-delegado da Polícia Civil Ney Tubinambá), NICE (mãe da senhora Tânia que, por sua vez, é mãe da jornalista Loredana Kotinsky), NEIDE Tupinambá da Silva Cruz (viúva de Odílio D`Oliveira Cruz. Este foi Delegado de Polícia e Secretário de Segurança Pública (1980 e em 1984). O casal Neide e Odílio teve os filhos: Dilajane, Gina Maria, Juscelino, Danielle, e Hélvio Tupinambá.
Odílio D`Oliveira Cruz, faleceu em Boa Vista, no Hospital Coronel Mota, às 05h15 do dia 19/07/1992. Seu nome hoje dignifica o “Instituto de Identificação de Roraima” (onde se tira a Identidade, na Avenida Mário Homem de Melo, esquina com a Avenida Venezuela).
Há também em sua homenagem uma rua com seu nome. A “Rua Odílio D`Oliveira Cruz”, se situa no Bairro Alvorada, nasce na Rua Francisco Anacleto da Silva e termina na Rua Francisco Sales Vieira.
No município de Pacaraima há o “Hospital Délio de Oliveira Tupinambá”.
A Família Tupinambá, em Roraima, é numerosa. Gostaria muito de aqui mencionar os nomes de todos. Pena que o espaço é pequeno para tanta gente ilustre que bem ilustra a História das Famílias Pioneiras de Roraima.
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