Em um ano, cerca de 18 mil metros cúbicos foram impedidos de serem explorados na Amazônia, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), após empresas tentarem fraudar o monitoramento. O quantitativo é do balanço da Operação Metaverso, realizada em Roraima, com o objetivo de combater o desmatamento ilegal.
A ação ocorreu pelo monitoramento em créditos de madeira no Sistema Nacional de Controle de Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor). Segundo o Ibama, as empresas fiscalizadas possuíam créditos, mas apresentavam uma quantidade de madeira física incompatível nos pátios. Ao identificar a fraude, a fiscalização conseguiu barrar o uso de créditos de madeira falsos, que poderiam permitir a extração ilegal de madeira, inclusive de áreas protegidas em outros estados da Amazônia.
“Os empreendimentos envolvidos na operação ficarão suspensos até que cumpram as exigências legais, e a madeira apreendida será destinada a instituições federais, estaduais e municipais que atuam nas áreas de educação, segurança e infraestrutura”, explicou o Ibama.
Além do bloqueio dos créditos fraudulentos, a Operação resultou na apreensão de 12 mil metros cúbicos de madeira que não possuíam documentação que comprovasse sua origem legal. Conforme o instituto, entre créditos excluídos e madeira ilegal apreendida, as ações de fiscalização causaram uma perda equivalente a 600 caminhões carregados de produtos florestais aos infratores.
A Operação Metaverso envolve a Força Nacional, da Polícia Federal (PF), do Comando Independente de Policiamento Ambiental Monte Roraima e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).