AFONSO RODRIGUES

Cuidado com o inimigo em você

“Tome cuidado apenas consigo mesmo e mais ninguém; trazemos nossos piores inimigos dentro de nós”. (Charles Spurgeon)

Só quando amadurecemos é que começamos a perceber quanto já lutamos com inimigos dentro de nós mesmos. As preocupações com coisas que não deveriam preocupar, por exemplo. E este é o menor exemplo, se se considerar o número assustador de inimigo que nos mantém a vida toda na gangorra do desespero. O que é quando não valorizamos, o que somos, porque não sabemos o que somos. E por isso demoramos a entender o Victor Hugo, quando ele diz: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”. Afinal, vivemos em um mundo em evolução. Então vamos evoluir. E tudo depende do valor que damos à nossa mente. É nela que está todo o poder de que necessitamos para ser feliz. E só conseguimos isso quando entendemos que somos todos de origem racional. E não existe progresso e sucesso, sem racionalidade.

Não há sucesso sem felicidade, nem felicidade sem sucesso. O Roberto Shinyashiki também disse: “O sucesso é ser feliz”. E já sabemos que ninguém, além de nós mesmos, tem o poder de nos fazer feliz, se não estivermos a fim. Vamos viver nosso dia, hoje, como ele deve ser vivido: com amor, respeito pelos outros, e sobretudo com dedicação aos outros. Mesmo porque só recebemos retorno do que demos. Então vamos dar sempre o melhor de nós. Ontem foi um dia de muita reflexão, para mim. O falecimento do Agnaldo Rayol, por exemplo, me deixou pensativo, porque ele foi um cara com quem tive contato quando ele ainda era muito jovem, em uma apresentação dele com seus três irmãos, em uma estação de rádio. Sua irmã, cujo nome não me ocorre agora, escreveu e me deu uma dedicatória que guardei por décadas, como lembrança. Décadas depois, assisti a uma apresentação dele no Teatro Municipal de São Paulo. A primeira apresentação foi em Natal, no Rio Grande do Norte.

Nada de saudosismo ou coisa assim. É que durante todo o dia, ouvi grandes cantores e artistas com quem também já tive contato. Mas não estou preparado para esse assunto agora. Não sou historiador nem contador de histórias. E por isso precisaria de tempo para me lembrar de momentos do passado. Só estou falando do quanto me sinto feliz em ter conhecido grandes figuras, desde minha infância. Já falei, aqui, na FOLHA, sobre meus contatos com o Agnaldo. Mas vamos deixar o papo para depois. E há muita coisa a ser contada. Sou feliz por ter vivido uma vida simples, mas enriquecedora para me fazer feliz. Faça isso em sua vida, para que você se sinta feliz em recordar seu passado. Pense nisso.

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