COLUNA PARABÓLICA

Trump é a expressão de uma sociedade que valoriza o sucesso e a meritocracia

Coluna desta quarta-feira (6) ainda cita a prática comum dos deputados estaduais em deixar acumular a análise de matérias para o fim do ano

Bom dia,

As urnas falaram nos Estados Unidos da América (EUA). É claro, muita gente vê inúmeros defeitos em Donald Trump, mas não se pode negar que ele representava, entre os dois candidatos, a melhor expressão dos norte-americanos, que erigiram uma sociedade que premia o sucesso e têm a meritocracia como valor fundamental da ascensão socioeconômica. O americano médio também cultiva e defende a liberdade, valor fundamental para a construção de uma sociedade próspera, que sempre foi exemplo para o resto do mundo. O povo norte-americano também sempre, em sua maioria, foi conservador nos costumes e na defesa da sociedade cristã, e isso é demonstrado no comparecimento aos templos evangélicos e às igrejas católicas.

Kamala Harris, em que pese muitas qualidades pessoais, representa um tipo de visão de mundo que ainda hoje o norte-americano médio não aceita. Por exemplo, um Estado que se diz defensor dos coitadinhos, que os democratas dizem ser vítimas dos bem-sucedidos e do sistema capitalista. Ela representava, na eleição, os políticos defensores da intervenção estatal na economia e um Estado agigantado e muito caro para os contribuintes. Em que pese tenha que se reconhecer que é preciso esforços para a construção de um mundo mais fraterno, com menos injustiça social, o caminho não é seguramente através do gigantismo estatal, como restou provado com a falência do socialismo empírico capitaneado pelo império soviético.

Do ponto de vista político/ideológico, sem dúvida que a eleição de Donald Trump é forte estímulo para fortalecimento da centro-direita e da direita em todo o mundo. No Brasil, o que demonstrou o resultado das últimas eleições municipais é que seguiu essa tendência. Tomara que essa influência seja suficiente para reduzir o protagonismo entre nós de políticos invertebrados, como Gilberto Kassab, que não explicita claramente que tipo de Brasil deseja construir, mas participa de todos os governos que aparecerem. E ele tem muitos admiradores em todo o País, embora não seja capaz de disputar qualquer eleição.

Limpa-pauta 1

Durante a sessão dessa terça-feira (5), na Assembleia Legislativa, a deputada Aurelina Medeiros (Progressistas) cutucou seus pares sobre a lentidão na atuação das comissões permanente do Poder Legislativo, destacando que 14 projetos de sua autoria estariam parados, aguardando deliberação. Em tom de cobrança, a parlamentar provocou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Marcos Jorge (Republicanos), para a apreciação antes do fim do ano.

Limpa-pauta 2

O presidente da Casa, Soldado Sampaio (Republicanos), endossou a preocupação da deputada e determinou celeridade na análise das pautas. Essa situação, infelizmente, não é novidade na Casa. Tornou-se prática comum os deputados postergarem a apreciação de matérias ao longo do ano, deixando para dezembro o acúmulo de projetos em uma verdadeira corrida contra o tempo. É o famoso “mutirão” de fim de ano.

Fraude

O diretório regional do Psol moveu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra candidatos do partido Progressistas em Pacaraima, sigla que elegeu quatro vereadores no Município. A ação alega que duas das três candidaturas femininas apresentadas pela sigla eram meramente fictícias, com o único intuito de atender a cota de gênero de 30% prevista pela legislação eleitoral. Vamos acompanhar esta história.

Marco temporal

A marcha de produtores rurais em Guaíra (PR), após o ataque de indígenas a um agricultor que tentava plantar soja em suas terras, expôs a crescente tensão no campo causada pela falta de um marco legal sobre a demarcação de terras indígenas. O que ocorreu no Paraná serve de alerta para Roraima, onde o setor produtivo também convive com o risco de invasões e conflitos por questões fundiárias. O clima é tenso.

Tapa buraco

A Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) publicou um extrato de contrato para a execução de reparação do revestimento asfáltico em vias públicas, totalizando R$ 1.745.879,17. A companhia também prometeu melhorias em áreas como roçagem e limpeza dos terrenos dos centros de reservação, com investimentos que somam R$ 1.764.040,02 em três lotes.

Viaturas

Cada uma das quatro novas picapes que serão adquiridas para a Polícia Militar (PM) vai custar R$ 230 mil, além de quatro carros sedan ao preço de R$ 136.750,00 cada, totalizando R$ 1,4 milhão. A licitação, cujo resultado foi divulgado no Diário Oficial do Estado na última semana, é fruto de um convênio com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A boa notícia é que essa compra pretende apoiar o programa Ronda AME – Maria da Penha, para proteção a mulheres em situação de violência.

Cadastro eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reabriu o cadastro eleitoral após 150 dias de pausa para as eleições municipais de 2024. Significa dizer que os serviços de alistamento e atualização de dados estão novamente disponíveis, permitindo que cidadãos regularizem sua situação eleitoral. A atualização de informações é essencial para garantir o direito de voto. O acesso pode ser feito pelo site do TSE ou pela plataforma Título Net.

Caxiri

O deputado Defensor Stélio Dener (Republicanos) apresentou uma proposta para reconhecer o caxiri como manifestação da cultura nacional. Isso significa que a bebida tradicional das comunidades indígenas de Roraima passaria a ser oficialmente reconhecida como parte do patrimônio cultural do Brasil. Esse reconhecimento não só traria maior visibilidade à cultura local, como também abre espaço para políticas públicas voltadas à preservação e valorização dessa tradição.