Dez atletas participaram nesta quarta-feira, 13, da 14ª edição do torneio de bocha adaptada. Evento promovido pelo CIAPD (Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência).
A professora de Educação Física e treinadora de bocha adaptada, Karine Mota, comenta que o esporte e o evento são importantes para os jovens com deficiência se sentirem valorizados. “A bocha adaptada é um esporte para os alunos que têm paralisia cerebral, e ela é importante porque desenvolve a coordenação motora, desenvolve a socialização, o espírito de competitividade, então para eles se sentirem valorizados e inclusos no esporte. É bem interessante e especial”, disse.
A professora ainda disse que o esporte irá crescer ainda mais no próximos anos. “Eu observo que está cada vez mais se expandindo o esporte no estado e nós fazemos divulgações nas escolas, mais conscientização para que os professores de educação física das escolas do estado tragam os seus alunos para conhecer o esporte, que eles sintam interesse também em participar”, pontuou.
A gestora do CAE/BV Adriana Vasconcelos disse está feliz em promover mais uma vez esse tipo de evento. “A gente está muito feliz em poder trazer essas famílias, trazer esses alunos pra participarem mais uma vez desse evento tão importante pra ele.”
Ela também ressalta que a ideia é que esse tipo de torneio é trazer ainda mais visibilidade e incentivo para o esporte. “A ideia é trazer visibilidade para que esses jovens deficiência física que possam estar praticando porque o público-alvo dessa modalidade é quem tem paralisia cerebral ou uma deficiência severa.”
O torneio é realizado pelo Governo de Roraima por meio da Seed (Secretaria de Educação e Desporto), CAE/BV (Centro de Atendimento Especializado de Boa Vista) com a parceria da Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), Centro de Referência Paralímpico Brasileiro de Roraima e Universidade Estadual de Roraima (UERR).
O que é a bocha adaptada?
A bocha adaptada é uma modalidade paradesportiva voltada a pessoas com paralisia cerebral ou deficiências severas. O objetivo do jogo é simples, os atletas precisam lançar as bolas coloridas o mais próximo possível da bola branca (bolim). A partida pode ser jogada individual ou em equipe. Marca ponto quem conseguir colocar a bola colorida o mais perto do bolim. A equipe ou o jogador que marcar 15 pontos primeiro vence a partida.
A mãe do Cleverton, Auseneide Abreu de Souza, em entrevista à Folha relatou que o esporte ajudou muito o desenvolvimento de seu filho. “Para ele está sendo muito bom. É um esporte que ele gostou muito e está se saindo bem.”
A bocha adaptada tem crescido muito no estado, principalmente por que mães e pais desses jovens que possuem esse tipo de deficiência, tem divulgado mais o esporte a pais que também tem filhos deficientes. “Sim, eu comento na escola dele mesmo com a professora e outras mães. Já indiquei várias vezes o CIAPD.”
Cleverton comentou que o esporte mudou muito a vida dele e que tem feito bastante amigos. “A bocha mudou a minha vida e a minha mãe tem muito orgulho de mim, e eu tenho feito muitos amigos desde que comecei a praticar esse esporte”, completou.