Cotidiano

Aumento de contratações ainda está abaixo da expectativa

Apesar de ser o setor que mais cresceu em setembro, o vice-presidente do Sinduscon-RR, Clerlanio Holanda, afirmou que ainda apresenta maior potencial

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostrou que o mês de setembro teve saldo positivo na atividade econômica em Roraima, com maior destaque para o setor da Construção Civil, que apresentou 303 postos de empregos admissionais, em uma variação de 7,79%. No total, de forma bruta, 1.792 admissões e 1.167 desligamentos ocorreram no período, o que resultou em um saldo de 1,21% em comparação ao mês anterior.

Apesar da boa notícia, o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Roraima (Sinduscon/RR), Clerlanio Holanda, afirmou que o setor apresenta maior potencial do que este para crescer. E que isso só não ocorreu devido à atual crise financeira que afeta não apenas Roraima, mas todo o Brasil. Para se ter uma noção, em setembro do ano passado, o setor apresentou a contratação de 671 postos, mais do que o dobro deste ano.

“A construção civil é o primeiro que reage a qualquer sinal de crescimento econômico. E vemos essa que o mês de setembro apresentou como muito baixa, em relação ao seu potencial. Setembro é o mês que mostra crescimento nesse setor no estado naturalmente, uma vez que este é o primeiro após o período de inverno. Mas, com toda a crise que Roraima vem passando, é perceptível que esse potencial não foi aproveitado”, apontou.

Sobre perspectivas de crescimento para o futuro, Clerlanio afirmou que isso depende exclusivamente do poder público, pois uma estabilidade financeira de estado e país é o que garante os investimentos nele.

“Isso significa que o setor só voltará a crescer com o desenvolvimento de Roraima e do país. O poder público de ambos as esferas precisam pagar suas dívidas, cortar gastos, e dar espaço para investimentos que sirvam de incentivo econômico e, como consequência, emprego. O que resta agora é somente esperar os primeiros meses da gestão seguinte, para ver se vale ou não o risco de empreender em uma construção no Brasil”, explicou.

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