Cotidiano

Você na Folha debate Paralisação no Jundiá

A greve dos servidores públicos estaduais por conta do atraso no pagamento dos salários está emperrando a liberação de cargas que passam pelo Posto Fiscal do Jundiá, município de Rorainópolis, fronteira de Roraima com Amazonas. Agentes fazendários da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) fecharam a passagem para veículos grandes e pequenos na BR-174 na terça-feira, 27. A fila incluía também ônibus de transporte de passageiros que fazem linha Manaus-Boa Vista. Você acha que isso resolve o problema? Por quê?

Francisco da Silva, 39 anos, vendedor externo (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Acredito que agir dessa forma não vai resolver a situação dos servidores. Em minha opinião o Ministério Público deveria ter feito alguma investigação para saber o que o governo fez com o dinheiro de pagar os servidores. As pessoas já estão se manifestando há meses e nada é resolvido, o governo simplesmente não está ligando para essa situação. Creio que isso vai afetar toda a população de Roraima. Infelizmente o governo vai esperar eles liberarem o posto fiscal, e vão continuar com os salários atrasados”.

Annys Marques, 38 anos, desempregada (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Acredito que dessa forma nada se resolve, pois já faz um bom tempo que os funcionários vêm promovendo greves e protestos contra essa situação. Infelizmente isso afeta mais a população do que o próprio governo. Tenho certeza que muitas pessoas gostariam que isso resolvesse o problema, mas as coisas não são como queremos”.

Isabel Barbosa, 35 anos, desempregada (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Acredito que não resolve, apesar de que eu entendo o motivo dos servidores promoverem a greve, pois ninguém é obrigado a trabalhar de graça. Três meses não são três dias, a situação realmente é complicada. E a gente não pode pensar somente na população diante deste problema, mas infelizmente pelo o que estamos vendo não haverá pagamento durante este governo. Espero que ano que vem tudo se resolva”.

Nonata Silva, 42 anos, professora (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Pode ser que não resolva, mas vai dar uma prensa no governo. O pior é se os servidores cruzarem os braços e não fizessem nada. Dessa forma, apenas eles saem prejudicados. A gente sabe que de certa forma isso afeta a população, no entanto, o nosso Estado já está prejudicado há meses, justamente pela falta de pagamento dos servidores. Um servidor sem dinheiro fica sem condições até mesmo de se deslocar para ir ao trabalho”.

Willam Cardoso, 29 anos, design gráfico (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Creio que não resolve, mas dá uma prensa muito boa no governo. A partir do momento que pesa para o lado do Estado, este passa a pensar no problema. Enquanto estiver tudo numa boa, não tem porque resolver o problema. Podemos relacionar essa situação, com a questão da energia. Se as pessoas se manifestassem, talvez não tivesse tantos aumentos abusivos”.

Ian Victor, 22 anos, vendedor (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Vejo isso como uma forma de impulsionarem o pagamento. Os servidores estão certos em reivindicar seus direitos, mesmo sabendo que não tem dinheiro, pois alguma coisa precisa ser feita. Se os servidores bloqueiam o posto fiscal, nada entra no Estado, com isso, talvez o governo se sinta obrigado a fazer alguma coisa. Três meses sem receber, é uma situação realmente lamentável”.