Com baixo efetivo da PM, assaltantes aterrorizam população

Muitos populares foram vítimas de assalto à mão armada desde a noite da terça-feira, dia 27, quando esposas e parentes de policiais militares isolaram o 2º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento da zona Oeste. Na noite da quarta-feira, dia 28, o 1º Batalhão da PM também foi isolado pelos manifestantes que cobram o pagamento do salário dos policiais e bombeiros militares. Algumas famílias estão sobrevivendo por meio de doações.

Como o número de viaturas está reduzido significativamente, os criminosos aproveitam para atacar, até mesmo durante o dia, quem transita nas vias públicas da Capital. Quem está dentro de casa também não está seguro. Um dos casos ocorreu na rua Sobral, bairro Centenário, zona oeste de Boa Vista e a vítima foi uma mulher, de 34 anos. Um elemento pulou o muro da casa dela e mesmo tentando correr para fechar a porta, foi barrada e rendida.

O bandido colocou a arma na cabeça da mulher e pediu que ela entregasse o aparelho celular. Para não morrer, ela contou que não resistiu ao pedido do criminoso. Um comparsa do assaltante aguardou do lado de fora em uma motocicleta preta, na qual fugiram, tomando destino incerto. A placa da moto não foi anotada pela vítima, diante do nervosismo. O roubo aconteceu às 20h e foi registrado no 5º DP.

OUTROS CASOS – Uma estudante, de 35 anos, retornava da Faculdade e caminhava pela rua Belarmino Fernandes de Magalhães, no bairro Tancredo Neves, zona oeste, mesma rua da casa onde mora, quando de repente, dois indivíduos apareceram em uma motocicleta e um deles estava em posse de uma pistola. Assim que chegaram perto, gritaram “passa a bolsa”.

A mulher entregou sua mochila contendo todos os seus documentos pessoais e um celular Samsung/J7 Pro, cor azul. Os elementos fugiram por dentro do bairro e a estudante foi até a Delegacia fazer o registro do Boletim de Ocorrência (B.O), para que a Polícia tome as providências legais.

SEM DEFESA – Uma dona de casa, de 43 anos, caminhava para a parada de ônibus que fica próximo a sua residência, na rua Izídio Galdino da Silva, bairro Senador Hélio Campos, ainda na zona oeste, quando um indivíduo que caminhava pela rua, se aproximou, sacou a arma e pediu sua bolsa. O fato ocorreu às 5h30 da madrugada de ontem, dia 29.

Dentro da bolsa da mulher tinha a quantia de R$ 1.200,00 que seria depositada no banco, além de seus documentos pessoais e um celular simples da marca LG. Sem chances de defesa, a vítima disse que não pensou em reagir nem correr do bandido. Ela informou para a reportagem da Folha que estava na Delegacia para fazer o registro da ocorrência e que não espera recuperar o dinheiro, somente os documentos pessoais, justificando que terá muito trabalho caso tenha que fazer uma segunda via de todos eles. A característica do meliante não foi descrita.

Ladrões entraram em residência durante a madrugada

Aproveitando o baixo efetivo policial nas ruas, por conta da crise que o Estado atravessa, os criminosos entram nas residências das vítimas sem qualquer temor. Mais um caso de furto foi registrado na madrugada dessa quinta-feira, dia 29. A vítima trabalha como auxiliar administrativo e tem 34 anos e mora na rua Rosa Oliveira de Araújo, bairro Senador Hélio Campos, zona oeste da Capital.

Por volta das 3h, a mulher acordou e encontrou a porta de sua casa aberta. Ela disse que no mesmo momento deu falta de seus bens, dentre eles, uma motocicleta Honda/Biz, cor vermelha, placa NAQ-0247; uma bicicleta branca e lilás; um aparelho celular Samsung/J3, cor branca; uma bolsa contendo documentos pessoais; cartões bancários; cartões de supermercado e de alimentação e um relógio de pulso.

OUTROS CASOS – No bairro Santa Tereza, também na zona oeste, a vítima foi um jovem, de 20 anos, que mora na rua Tambaqui. Ele procurou o Plantão Central da Polícia Civil para informar que estava de serviço no Abrigo de Imigrantes do bairro Santa Tereza, onde trabalha como militar do Exército e não pôde colocar a moto para dentro, motivo pelo qual o veículo foi furtado na noite do dia 31 de outubro.

Segundo ele, o veículo é uma Honda/Fan, 125 cilindradas, cor preta, placa NAU -3049, que ficou numa rua que passa por trás do Abrigo. Em horário próximo à meia-noite, saiu para o descanso e sentiu falta do veículo. Sem suspeitos e sem nenhum indício do local para onde a moto foi levada, ficou impossibilitado de procurar.

Ele contou que o furto ocorreu mês passado, mas só conseguiu registrar o Boletim de Ocorrência (B.O) no fim da noite do dia 28 deste mês porque não teve êxito nas tentativas de fazer o B.O anteriormente. O veículo recebeu restrição de roubo e furto.

NO TRABALHO – Outro jovem também ficou sem sua motocicleta, quando entrou no local de trabalho, na avenida Carlos Pereira de Melo, no bairro Caranã, zona oeste, e ao fim do expediente, por volta das 20h30 da quarta-feira, dia 28, não encontrou o veículo para voltar para casa.

O estacionamento do prédio onde trabalha não tem câmeras de segurança, por isso não há suspeitos. O caso foi registrado na Central de Flagrantes do 5º DP e o veículo foi inserido no sistema de restrição de roubo e furto.

Todos os casos serão investigados pela Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores Terrestres (DRRFVAT) para que os criminosos sejam identificados e os bens das vítimas, recuperados. Até o fim da tarde de ontem, dia 29, ninguém foi preso. (J.B)