Cotidiano

Amazonas vive epidemia de aids, anuncia Ministério da Saúde

Em 2014, a taxa de detecção do Estado foi de 29,2 casos por 100 mil habitantes, sendo 44,7% maior que a taxa do país

O Ministério da Saúde (MS) informou que o Amazonas vive uma epidemia de aids. O estado concentra 30,7% dos casos acumulados na região norte e 1,6% dos identificados no Brasil.
O alerta foi feito durante divulgação dos dados regionais da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP).
Segundo a PCAP, na região norte 87% das pessoas sabem da importância do uso do preservativo, mesmo assim, 50% da população sexualmente ativa não fez uso da camisinha em todas as relações sexuais com parceiros casuais, no último ano.
Conforme o balanço do MS, no ano de 2002, o Amazonas era o 12º no ranking nacional, passando para 2º no ano de 2012.
Neste último ano, a taxa de detecção do estado foi de 29,2 casos por 100 mil habitantes, sendo 44,7% maior que a taxa do país. Entre 1983 a junho de 2014, o Estado registrou 13.213 casos de aids, 1.176 apenas no ano passado, de acordo com o MS.
Estes indicadores motivaram o Ministério da Saúde, em meados de 2014, a instalar uma cooperação Interfederativa (força tarefa), especificamente para enfrentar, de maneira diferenciada, a aids no Amazonas.
O documento estabelece uma série de metas, entre elas, a redução dos óbitos por aids e por co-infecções (quando o organismo sofre com duas ou mais doenças ao mesmo tempo); ações de prevenção para populações vulneráveis e o aumento da capacidade e da eficiência dos serviços de saúde.
A diretora-presidente da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Graça Alecrim, destacou que a importância do uso do preservativo nas relações sexuais está mais uma vez sendo reforçada pelo MS, como a melhor forma de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
“É um dado muito preocupante saber que as pessoas ainda evitam a camisinha. Isso tem reflexo no aumento no número de casos das DSTs e de pessoas com HIV positivo”, disse.
A meta do MS, com a divulgação do PCAP, era evitar a propagação do vírus HIV durante o Carnaval 2015.
Fonte: Agencia Aids / Redação do MP