Nesta quinta-feira, 21, está sendo realizado o primeiro dia da Feira de Ciências Estadual em Boa Vista. Neste ano, cerca de 1.200 alunos e professores se unem para expor 241 projetos desenvolvidos ao longo do período letivo. Durante o primeiro dia de exposição, destaca-se a criatividade e inovação de alunos de comunidades indígenas e localidades afastadas da capital.
Um dos destaques da feira evidenciou o desperdício de alimentos, apresentando soluções para evitar a prática. A Escola Estadual Professora Cristotelma Francisca de Brito Gomes, localizada no sistema prisional de Roraima, realizou a produção de Action Figures utilizando resíduos alimentares, como arroz, para montar personagens de filmes e animações.
O professor orientador, Regildo Max, destaca a importância de eventos científicos, ao qual pode exibir projetos biotecnológicos desenvolvidos por meio de produtos orgânicos e feitos artesanalmente.
“O projeto no sistema prisional começou quando um detento me presenteou com uma action figure de um personagem de filme que eu gosto muito, ele me explicou como isso era feito e então eu não acreditei, por que como um objeto tão rico em detalhes foi feito com alimentos, então, a partir da ideia, eu e outros alunos começamos a oficina, com o propósito de estimular a criatividade e assim ter uma atividade terapêutica e que evita o desperdício dentro do nosso sistema”, diz o professor.
O secretário de educação, Mikael Cury, informa que os projetos selecionados para a feira de ciências nacional receberão suporte para representar Roraima no evento. ” Os projetos de destaque serão analisados e quando selecionado terão a chance de representar nosso estado, e a SEED [Secretaria de Eduação do Estado de Roraima] irá disponibilizar transporte, alojamento e estrutura para os alunos”, diz.
“A feira de ciências atrai novos talentos e acaba desenvolvendo nos nossos estudantes uma outra metodologia, um outro aprendizado que às vezes não podia estar sendo motivado. Então, não é só a apresentação em si, mas é toda a parte pedagógica, que vem sendo trabalhada nos alunos, colocando aquela luzinha de como eles têm que trabalhar”, finaliza o secretário.
Projetos em destaques da Feira de Ciências Estadual
Tecnologia e tradição: A inserção da robótica em escolas indígenas
A Escola Estadual Indígena Adolfo Ramiro Levi, localizada na área indígena da capital, desenvolveu uma combinação de técnicas da ciência da computação para criar um robô, que faz homenagem ao primeiro Tuxaua da região.
O professor Jenderson Santana, orientador do projeto, expressa satisfação em desenvolver um projeto novos aos seus alunos. “O intuito é integrar a tecnologia e com a cultura na escola, então foi estudado os segmentos da robótica, para assim construir um robô com um destaque cultural, porque ele fala a língua Wapichana e logo depois traduz para o português”, diz Jenderson.
Seca em Roraima e a reutilização da água com filtro caseiro
O projeto busca conhecer formas de utilização e reutilização da água. Durante a exibição, alunas do Colégio Estadual Militarizado Severino Cavalcante desenvolveram um filtro caseiro utilizando areia, seixo, carvão com antioxidante e algodão para filtrar a água contaminada por impurezas.
Vida Invisível: Revelando o impacto das bactérias no nosso mundo
Alunas da Escola Municipal Maciel Ribeiro Vicente Silva, do município de Bonfim, apresentam fatos, curiosidades sobre as bactérias, seu processo de reprodução e seu habitat.
A aluna Raquel Santos de 9 anos, expressa sua animação em vir pela primeira vez à Boa Vista para apresentar uma feira de ciências. “Eu e as minhas amigas de turma ficamos muito ansiosas quando nossa professora deu a notícia de que nosso trabalho foi selecionado para o estadual, pois acredito que nosso tema é muito importante”, disse a aluna,
