O comandante-geral da Polícia Militar de Roraima (PMRR), Miramilton Goiano de Souza, concedeu entrevista à FolhaBV, onde falou sobre as críticas feitas pelo coronel da reserva Edison Prola, em postagens nas redes sociais, também destinadas ao governador Antonio Denarium (PP). Segundo Miramilton, apesar de se sentir constrangido, ele não formalizou a denúncia ao Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR).
Prola, que também já ocupou o mesmo cargo de Miramilton e foi secretário de Segurança Pública na gestão de Denarium, foi alvo de uma denúncia anônima feita na plataforma do Governo Federal FalaBR, repassada para o MPRR, e, depois, para a Polícia Militar. Agora, o coronel aposentado é investigado pela corregedoria da instituição militar e irá prestar depoimento nesta quarta-feira (27), no Comando de Policiamento da Capital (CPC).
“Desde o início das publicações do Prola, a gente manteve uma postura de que a opinião dele não importava. A gente chegou a preparar o material, mas não enviamos ao Ministério Público. Uma pessoa, que eu não sei quem é, entrou com uma representação e o inquérito foi determinado. Assim que for concluído, iremos encaminhar para o MPRR decidir se fará a denúncia ou não. É constrangedor ver ele [Edison Prola] se propor a uma situação dessa”, afirmou o comandante-geral da PM.
Miramilton chamou a atitude de Prola de “deselegante, imprudente e infantil” para um militar. Segundo ele, a situação foi um vexame para o ex-comandante da PM, mas enfatizou que Prola irá “responder pelos atos”.
“Nas postagens, ele menciona uma série de situações na tentativa de prejudicar a minha imagem e a do governador. Ele falou do caso Surrão, disse que eu fui indiciado por duplo homicídio. Na última audiência do Helton, ele se retratou e disse que não ligou para mim, não foi na minha casa e nem que eu dei alguma orientação para ele para manipular provas. O que houve foi uma estratégia de defesa na época e isso já foi esclarecido”, relatou.
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