Cotidiano

Preço dos combustíveis tem novo reajuste a partir de hoje em RR

Com esse novo aumento do preço de gasolina, etanol e diesel, o gás de cozinha também teve majoração no valor da recarga

Duas semanas após sentir no bolso o aumento no preço dos combustíveis, os consumidores roraimenses sofrerão novamente, a partir de hoje, 19, mais um arrocho no valor da gasolina, do diesel e do álcool. Os postos esperaram apenas o término do feriado prolongado de Carnaval para que o reajuste fosse colocado em prática.
Em alguns postos da Capital, o valor vai subir entre 2,5% e 3,5%, com um aumento na bomba chegando a R$0,07. A justificativa desta vez é de que o reajuste será no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Há duas semanas, o preço da gasolina havia aumentado quase R$0,30, o diesel aproximadamente R$ 0,15 e até mesmo o etanol foi reajustado, apesar de o aumento não ter incidido sobre o combustível da cana-de-açúcar.
O gerente de um posto de combustível localizado no bairro Canarinho, zona Leste, onde a gasolina custa R$3,39, explicou que o movimento não tem diminuído em relação aos últimos meses, quando o combustível estava mais barato. “Por enquanto, não diminuiu em nada o movimento por aqui, até porque os consumidores não têm outra alternativa. Tem que abastecer se não fica sem rodar”, afirmou Edmilson Fonteneli.
O proprietário de posto de combustíveis, Gilberto Araújo, afirmou que o aumento afeta, além dos consumidores, os próprios empresários do setor, que terão que pagar mais caro pelo frete. “Influencia muito esse aumento porque, além de perdemos com o fraco movimento, perdemos com o transporte dos combustíveis, que aumenta em torno de R$0,15 a R$ 0,20 por litro”, afirmou.
O preço do combustível em Roraima varia conforme o estabelecido pelos donos de postos. Em alguns mais afastados, como os da zona Oeste da Capital, é possível encontrar o litro da gasolina comum a R$3,23 – valor considerado aceitável – se comparado com os postos localizados no Centro, onde o litro chega a R$3,41. E, com mais um reajuste nas bombas, os valores devem variar entre R$3,30 a R$3,50.
CONSUMIDORES – Sem opção, os motoristas terão que se readequar, mais uma vez, para não passarem aperto com o orçamento familiar no fim do mês. Alguns inclusive chegam a cogitar a hipótese de trocar o carro particular pelo transporte público. “Desse jeito vamos ter que deixar o carro em casa. Fica difícil economizar. Compensa mais pegar um ônibus”, disse o bancário Uberdon Bezerra.
Morador do bairro Caranã, zona Oeste, e que trabalha em um banco no Centro, Bezerra afirmou que, apesar de usar o veículo apenas para trabalhar, gasta bastante durante a semana. “Por semana chego a gastar de R$70,00 a R$80,00, isso sem rodar tanto. Tem gente que gasta muito mais com certeza”.
Uberdon Bezerra frisou que, mesmo sendo bancário, as dificuldades em controlar os gastos excessivos aumentam conforme o reajuste dos combustíveis. “Apesar de trabalhar em banco e ter noção de economia, fica difícil com esses aumentos, foge do orçamento de qualquer um”.
GÁS DE COZINHA – Além do frete sobre os produtos básicos, o aumento no preço dos combustíveis afeta vários setores da indústria, como o de gás de cozinha, que em Roraima também sofreu reajuste na semana passada. De acordo com a empresa Fogás, o aumento no Estado varia de 3,4% a 7,4%, diretamente na portaria das distribuidoras, sem contar com o serviço de taxa de entrega cobrado pelas empresas.
Com o aumento, uma carga de 5 quilos passou de R$27,00 para R$29,00. A carga de 8 quilos passou de R$ 38,50 para R$ 40,00. Já a carga de 13 quilos passou de R$53,00 para R$55,00, o que configura um aumento de 3,7% no valor do produto.
O dono de uma distribuidora localizada no bairro São Francisco, Altemar Rios, explicou que o reajuste se deveu conforme o aumento no valor dos insumos. “Tem salário, mão de obra, o combustível, manutenção de veículos e mais alguns serviços que são feitos conforme a distribuidora passa para nós”, comentou.
Em relação ao mercado do produto, Rios disse que, assim como o combustível, os consumidores terão que se adaptar aos reajustes. “Não tem jeito, é a mesma situação da gasolina”, frisou.