Cães e dermatites: raças com maior propensão e como evitar

Conheça as raças mais suscetíveis a dermatites e aprenda a identificar e prevenir problemas de pele relacionados a genética, ambiente e pelagem

cachorro veterinaria dermatite
(Creditos: iStock/ bluecinema)

Dermatites são problemas de pele comuns em cães e podem ter diferentes causas, como alergias, predisposição genética, fatores ambientais e infecções. Algumas raças, no entanto, apresentam uma propensão maior a essas condições, devido às características da pele e da pelagem, exigindo atenção redobrada dos tutores.

Raças mais afetadas

Entre as raças mais afetadas por dermatites, estão os bulldogs francês e inglês, que, devido às dobras na pele, são vulneráveis a infecções causadas pelo acúmulo de umidade e sujeira. Golden retrievers e labradores também estão na lista, pois possuem predisposição genética à dermatite atópica, uma reação alérgica a substâncias ambientais como ácaros e pólen.

Poodles, com sua pelagem densa e cacheada, podem reter umidade, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento de fungos e bactérias. Já os shar-peis, assim como os bulldogs, têm pele sensível e dobras que facilitam infecções. Por fim, os dálmatas, em muitos casos, apresentam alergias alimentares ou dermatites de contato, associadas à genética da raça.

Predisposições genéticas

As predisposições genéticas desempenham um papel crucial, mas outros fatores também contribuem para esses quadros. A estrutura da pele é determinante, pois cães de pelagem longa ou densa têm maior dificuldade de manter a pele arejada, o que favorece infecções.

Além disso, raças como o cocker spaniel possuem predisposição a problemas hormonais, que podem aumentar o risco de dermatites. Fatores ambientais também influenciam significativamente: climas úmidos, presença de ácaros e exposição a alérgenos como pólen estão entre os principais desencadeadores de alergias em cães suscetíveis.

Saiba como identificar os sinais

Identificar os sinais de dermatite é essencial para garantir o bem-estar do animal. Coceira intensa, vermelhidão ou inflamação da pele, queda de pelos em áreas específicas, presença de crostas ou secreções e odores desagradáveis são os sintomas mais comuns. Quando esses sinais aparecem, é fundamental buscar a orientação de um veterinário para diagnosticar a causa e iniciar o tratamento adequado.

Prevenção como estratégia

A prevenção é a melhor estratégia. Banhos regulares com produtos específicos para a pele do cão, escovação frequente e uma dieta balanceada ajudam a evitar infecções e alergias. Quando a dermatite já está instalada, o tratamento pode incluir medicamentos tópicos ou orais que aliviem a coceira e controlem a inflamação.

Produtos como o Dermotrat são frequentemente recomendados para acelerar a cicatrização e combater infecções bacterianas ou fúngicas. É importante lembrar que qualquer medicação deve ser usada sob orientação veterinária.

Tutores de raças mais propensas a dermatites precisam redobrar a atenção ao comportamento do animal. O simples ato de coçar-se excessivamente pode ser um alerta. Check-ups regulares no veterinário também são indispensáveis, pois permitem identificar precocemente problemas de pele e tratá-los antes que se agravem.